SE continua sem nenhum registro de casos de Chikungunya

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Apesar do Brasil já ter confirmado 79 casos da Febre Chikungunya, ainda não foi notificado nenhum caso suspeito em Sergipe. Desse total, 38 foram de pessoas que estavam em países com a doença e vieram para o Brasil. Os outros 41 são casos adquiridos no território brasileiro. São 8 registros no município do Oiapoque, Amapá, e 33 no município de Feira de Santana, Bahia, segundo informações do Ministério da Saúde.

A Febre Chikungunya é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti (mesmo transmissor da dengue) e pelo Aedes albopictus. Os sintomas, inicialmente, são parecidos com os da dengue: dores fortes nas articulações, dor de cabeça e coceiras. A diferença está na baixa letalidade e na dificuldade de caminhar, uma vez que causa fortes dores nas articulações dos membros inferiores (tornozelos), segundo relatos dos próprios pacientes que já contraíram a doença. É preciso que as mesmas medidas de prevenção e controle da Dengue sejam tomadas para evitar a Febre Chikungunya.

“O tratamento da doença na fase aguda é baseado na hidratação e no uso de analgésicos. Em alguns casos é necessário o uso de alguns anti-inflamatórios a até de fisioterapia. Após a infecção pelo Chikungunya, há uma imunidade duradoura para o vírus. Ao apresentar algum sintoma a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para que possa ser avaliada por um profissional”, disse Marco Aurélio Góes, médico infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

A forma de reprodução dos mosquitos é com água limpa e parada. Para evitar a doença é preciso que os criadouros sejam destruídos. “A diferença entre os dois mosquitos está no habitat. O Aedes aegypti já está habituado às zonas urbanas e o Aedes albopictus é encontrado com maior frequência nas áreas que ficam entre a zona urbana e rural, o que não quer dizer que ele não possa ser encontrado ou não se habitue a viver nas cidades. Por isso, é preciso cuidar para que água parada nos imóveis não se torne criadouro dos mosquitos”, alertou Sidney Sá, coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

“Como exemplos desses possíveis criadouros estão lonas e pneus, garrafas pets, entre outros objetos que podem acumular água no quintal. Também temos que observar dentro de casa os ralos que não têm água renovada com frequência, vasos de plantas e o recipiente que acumula água da geladeira. Precisamos ficar atentos, sempre”, complementou a coordenadora.

Apesar de não ter sido registrado nenhum caso da doença no Estado, o mosquito Aedes albopictus foi encontrado em oito municípios sergipanos: Areia Branca, Campo do Brito, Aracaju, Itaporanga D’Ajuda, Salgado, Santa Rosa de Lima, Simão Dias e Cristinápolis.

“A presença do Aedes albopictus em Sergipe foi confirmada pelo Lacen. Semanalmente os municípios enviam amostras das larvas do Aedes aegypti para análise do Lacen e aí foi encontrada a larva do Aedes albopictus. As larvas e os mosquitos são muito parecidos e as pequenas diferenças estão na morfologia dos dois”, explicou Sidney Sá.

Combate ao Aedes aegypti

As ações já realizadas pela SES de combate ao Aedes aegypti, que é de apoio aos municípios, também são eficientes contra o Aedes albopictus. Entre janeiro e agosto deste ano 17 municípios foram visitados pela Brigada Itinerante. Ao todo 84.962 criadouros foram destruídos e eliminados 16.926 focos do mosquito em 63.362 imóveis.

Reunião com municípios

A Secretaria de Estado da Saúde se reuniu durante essa quinta-feira com coordenadores das Vigilâncias Epidemiológicas das Secretarias Municipais de Saúde para apresentar a situação da Febre Chikungunya no país, a exposição do risco de toda a população com a presença dos mosquitos, a notificação obrigatória e imediata em caso de suspeita da doença. Em uma segunda etapa, a reunião será realizada para profissionais de saúde.

“Essa reunião foi muito importante para a gente conhecer a doença. Já temos um trabalho de prevenção e as informações foram imprescindíveis para o desenvolvimento do trabalho de intensificação das ações de prevenção”, afirmou Soeli Barbosa, coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Simão Dias.

Fonte: SES

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