SE é o segundo do Nordeste em casos de microcefalia

Sergipe é vice-líder em ranking de casos de microcefalia (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O Ministério da Saúde divulgou o ranking atualizado com os números dos casos de microcefalia nos setes estados nordestinos nesta terça-feira, 17, e Sergipe aparece na segunda colocação com 44 registros, atrás apenas de Pernambuco, que lidera as estatísticas com 268 casos. Neste mesmo dia, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu representantes das 14 maternidades sergipanas para recomendar a notificação imediata à secretaria daqueles bebês que nasçam com a anomalia.

No último dia 14, a SES já havia informado ao Portal Infonet que pelo menos 30 dos casos foram registrados na maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), em Aracaju. A assessoria de comunicação da maternidade acrescentou que todos os recém-nascidos que apresentam a anomalia estão sendo encaminhados ao Ambulatório de Seguimento (Follow-Up), onde são acompanhados por especialistas.

Os dados do Ministério da Saúde chegam a soma total de 399 casos de microcefalia, considerando os registros dos setes estados nordestinos. Além de Pernambuco e Sergipe, os estados do Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8) também apresentaram aumento significativo nos índices de casos de microcefalia. No território sergipano, por exemplo, somando os casos entre 2010 e 2014, apenas oito bebês nasceram com a anomalia.

A elevação enigmática no número de crianças que nascem com microcefalia foi citada em tom de preocupação na sessão plenária da Assembléia Legislativa de Sergipe desta terça-feira. A deputada estadual Maria Mendonça (PP) pediu apoio à casa legislativa e ao Governo Estadual, através da Secretaria de Estado da Saúde, para que apresentem procedimentos de combate a ploriferação da doença.

A mesma preocupação é motivo de investigação entre especialistas epidemiológicos e laboratoriais da saúde na expectativa de elucidar o acréscimo nos índices da anomalia. Por meio de nota à imprensa, o Ministério da Saúde considera a hipótese da interferência do vírus da Zika, transmitido pelo mosquito Aedes Aegipty nos casos de microcefalia, mas ressalta que causa dessa epidemia ainda é uma incógnita e que as investigações continuam. “Todas as hipóteses estão sendo minuciosamente analisadas pelo Ministério da Saúde e qualquer conclusão neste momento é precipitada. As análises não foram finalizadas e, portanto, continuam em andamento”, afirma.

Entenda

Microcefalia é uma condição médica que se caracteriza por um crânio menor do que o tamanho médio, geralmente por causa de uma falha no desenvolvimento do cérebro. O problema pode estar associado à síndromes genéticas ou a outros fatores como abuso de álcool e drogas durante a gravidez ou a infecção da gestante por rubéola, catapora ou citomegalovirus.

Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 centímetros. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos infecciosos, como bactérias, vírus e radiação.

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio
Com informações do Ministério da Saúde

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