SE está abastecido com vacinas do sarampo e rubéola

Os 75 municípios sergipanos recebem mensalmente a vacina  (Foto: Divulgação)

Mesmo com o reaparecimento de doenças já eliminadas no mundo e a conseqüente preocupação do Governo Brasileiro referente ao surgimento de surtos de sarampo e rubéola na Europa, a Secretaria de Estado da Saúde informa que Sergipe está em dia no abastecimento de vacinas contra estas enfermidades.

Segundo boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), embora eliminado no Brasil desde 2001, o sarampo é endêmico em nove países da Europa. Já a rubéola, eliminada no Brasil desde 2010, é considerada endêmica em 14 países europeus. Com a globalização, o risco de o vírus voltar a circular no país se torna real aumentando a necessidade de a população manter sempre atualizada a caderneta de vacinação.

De acordo com a enfermeira da Área Técnica das Doenças Imunopreventivas da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sheila Maria Teixeira, os 75 municípios sergipanos recebem mensalmente a vacina tríplice viral para evitar o sarampo, a caxumba e a rubéola. “A quantidade recebida vai de acordo com a estimativa de crianças num dado município. Considerando que este mês tivemos surto de caxumba em cidades, como Aracaju, São Cristóvão e Estância, e por isso recebemos do Ministério da Saúde mais nove mil doses da vacina, estimamos que teremos todo o suporte necessário para suprir outras necessidades adicionais, em função dos atuais riscos constatados pela OMS”, declarou.

Cidadãos devem receber a primeira dose da tríplice viral aos 12 meses de idade e aos 15 meses, uma dose da vacina tetraviral para evitar o sarampo, caxumba, rubéola e varicela, que corresponde à segunda dose da vacina tríplice viral e uma dose da vacina varicela. Caso haja atraso na vacinação, crianças até quatro anos de idade ainda poderão receber a vacina com o componente varicela. A partir de cinco até os 29 anos de idade, deverão ser administradas duas doses com a vacina tríplice viral. Pessoas de 30 a 49 aos de idade devem receber uma dose da vacina tríplice viral.

Uma vez que a vacina contra essas doenças é a única medida preventiva e a mais segura, Sheila Maria alerta para a necessidade de manter em dia o esquema vacinal, também levando em consideração o alerta para os riscos atuais. “Fiquemos em alerta diante dos casos já identificados. O problema não gira em torno de receber no Brasil um cidadão com enfermidade. Devemos estar atentos à transmissão para que tal processo não ocorra”, frisou a enfermeira da área técnica das doenças imunopreventivas da SES.

Dados nacionais

O Brasil recebeu, no segundo semestre de 2016, o certificado de eliminação do sarampo da Organização Panamericana de Saúde (Opas). Desde 2001, não havia registro de casos autóctones da doença no Brasil. Entre 2013 e 2015, ocorreram surtos relacionados à importação, sendo que o maior número de casos foi registrado nos estados de Pernambuco e Ceará. Após a implementação de medidas de prevenção e controle, como intensificação vacinal, campanhas de seguimento, bloqueio vacinal, varredura e monitoramento rápido de cobertura vacinal, a transmissão foi interrompida.

Para manter a eliminação do sarampo, a OPAS e o Comitê Internacional de Peritos (CIE) para a Eliminação do Sarampo e da Rubéola recomendam a todos os países das Américas que fortaleçam a vigilância ativa e mantenham a imunidade de sua população por meio da vacinação. O sarampo se torna, assim, mais uma doença prevenível por vacinação a ser eliminada nas Américas, após a varíola em 1973, da poliomielite em 1994 e da rubéola e síndrome de rubéola congênita, em 2015.

O Brasil alcançou a meta de eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita até o ano de 2010. Desde então, não há registro de casos no país. Em 2008, ocorreu a maior Campanha de Vacinação da Rubéola no mundo, com 65,9 milhões de pessoas na faixa etária de 19 a 39 anos de idade vacinadas nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Maranhão. Nos demais estados, a faixa etária foi de 20 a 39 anos de idade. Nesse ano, a cobertura vacinal foi de 94%, quando também foi detectado pela última vez caso de sarampo em Sergipe.

Fonte: SES

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