Saúde continuará intensificando as ações de controle e combate à Dengue (Foto: SES) |
Mesmo com diversas ações implantadas e incansáveis orientações sobre prevenção e cuidado, a Dengue ainda insiste em fazer vítimas. Em Sergipe, de janeiro a 14 de outubro, foram notificados 7.499 casos da doença com 2.904 confirmações.
A região de Aracaju é onde mais registrou casos de Dengue nesse período: são 4.058 casos notificados e 1.941 casos confirmados. A região de Nossa Senhora do Socorro está ao lado na estatística, com 1.315 casos notificados e 265 confirmações.
Segundo o Levantamento Rápido do Indice de Infestação (LIRAa), que é feito a cada início de ciclo epidemiológico para monitorar a presença do vetor, 06 municipios apresentam alto risco de infestação da Dengue. São eles: Pedrinhas (7,9), Siriri (6,9) Cedro de São João (6,3), Itabaianinha (4,9), Salgado (6,2) e Simão Dias (5,8).
De acordo com o Liraa, 36 apresentam risco médio da Dengue: Aquidabã (3,2), Aracaju (1,5), Areia Branca (3,8), Boquim (1,7), Capela (1,2), Carira (2,6), Carmópolis (1,2), Estância (1,5), Feira Nova (1,5), Frei Paulo (1,6), Itabaiana (2,7), Japaratuba (2,5), Japoatã 92,0), Lagarto (1,5), Laranjeiras (2,7), Malhador (1,6), Maruim (2,2), Monte Alegre de Sergipe (1,9), Neópolis (3,4), Nossa Senhora da Glória (3,4), Nossa Senhora das Dores (2,9), Pinhão (1,5), Pirambu (1,0), Poço Redondo (1,1), Porto da Folha (2,7), Propriá (1,2), Riachuelo (1,1), Ribeirópolis (2,2), Rosário do Catete (3,3), Santana do São Francisco (1,7), Santo Amaro das Brotas (1,4), São Cristóvão (2,2), São Domingos (1,9), Tobias Barreto (3,8), Tomar do Geru (1,7), Umbaúba (1,6).
Outros 11 municípios estão considerados de baixo risco: Poço Verde (1,1), Nossa Senhora do Socorro (0,9), Nossa Senhora Aparecida (0,8), Arauá (0,8), Barra dos Coqueiros (0,7), Campo do Brito (0,9), Canindé do São Francisco (0,4), Cristinápolis (0,4), Itaporanga D’Ajuda (0,2), Moita Bonita (0,5), Indiaroba (0,0).
Por conta dessa situação, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) continuará intensificando as ações, junto com os municípios e com a população para que os índices e os riscos diminuam.
“Estamos preocupados e vamos fortalecer ainda mais todos os esforços. Todos os municípios devem intensificar a busca ativa de casos em todo o território junto com Atenção Básica. Cabe a Vigilância Epidemiológica das Secretarias Municipais da Saúde realizar a investigação compulsória de todos os casos suspeitos por Dengue. É responsabilidade do município notificar o caso no sistema de informação e automaticamente informar à Vigilância Estadual. A Secretaria de Estado da Saúde orienta a todos os gestores municipais que façam as investigações de casos e sempre reforcem o trabalho de controle nas áreas de moradias”, destaca Sidney Sá, gerente do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde.
Ação direta
Amanhã, dia 29 de outubro, no auditório da Funesa (na rua Basílio Rocha), a SES receberá agentes de endemias dos municípios de Nossa Senhora de Lourdes, Cedro de São João, Salgado, Neópolis, Nossa Senhora das Dores, São Miguel do Aleixo, Amparo do São Francisco, Porto da Folha, São Cristovão, Monte Alegre e Laranjeiras, para apresentar as ações de intensificação que devem ser feitas por cada gestão municipal.
“Capacitaremos os agentes de todos os municípios. Em um segundo momento, faremos uma atividade de discussão de caso com cada equipe, voltada para a ampliação do trabalho. Abordaremos a Dengue, a Febre Chikungunya e a Zika Vírus. A equipe técnica vem cada vez mais reforçando aos municípios e aos sergipanos para intensificar o cuidado para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, complementa Sidney Sá.
Para o secretário de Estado da Saúde, José Sobral, o trabalho de prevenção e controle da Dengue é feito em conjunto: Estado, Municípios e população.
“Diante da proliferação do Aedes aegypti e consequentemente o risco de epidemia por Dengue, faz-se necessário a intensificação das ações de controle. O cuidado para combater o surgimento de criadouros e a proliferação do Aedes aegypti deve ser permanente. Eles estão em depósitos domiciliares, no lixo doméstico, em ralos, calhas, vasos de planta, copos descartáveis. É fundamental que cada município colabore traçando e fortalecendo estratégias preventivas para evitar o aparecimento do mosquito transmissor, estando atentos ao saneamento básico, verificar fontes, praças, cemitérios, terrenos baldios, piscinas públicas, etc. Se tem água parada e limpa, as chances de proliferação do mosquito são enormes”, ressalta José Sobral.
A Brigada Itinerante, considerada a tropa de elite para eliminar o Aedes aegypti, é um trabalho em parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde, através da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), com as Secretarias Municipais, e que dá todo o suporte para eliminar o vetor transmissor da doença. Através dela, os agentes de endemias vão até às residências e aos terrenos baldios, para detectar possíveis focos da dengue, e orientam os munícipes sobre os cuidados e a prevenção.
“A Brigada Itinerante estará, no mês de novembro, nos seguintes municípios: Nossa Senhora de Lourdes, Cedro de São João, Salgado, Neópolis, Nossa Senhora das Dores, São Miguel do Aleixo. Para aqueles municípios que apresentam índices iminentes de risco de epidemia e com registro de casos de dengue acima do esperado, também haverá atuação do Carro Fumacê. São eles: Amparo do São Francisco, Porto da Folha, São Cristóvão, Monte Alegre, Nossa Senhora do Socorro, Aracaju e Laranjeiras", pontua Sidney Sá.
Fonte: SES
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