O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), chama a atenção para os cuidados e o combate à Dengue. Já são 3.661 casos notificados e 749 confirmados em todo o Estado. Até o momento, cinco óbitos foram registrados por Dengue, duas mortes com suspeita encontram-se em investigação.
Em abril deste ano, a SES lançou uma campanha educativa para orientar a sociedade sobre a prevenção da doença. Dengue Mata! Esse é o slogan da campanha. É preciso que todos tenham consciência da situação em que se encontra o estado de Sergipe nesse momento e que, embora não esteja vivendo uma epidemia, o risco é eminente.
“É importante ressaltar que o trabalho maior de controle do vetor Aedes aegypti está no trabalho de rotina, no trabalho diário que é feito pelos agentes de endemias, pelos agentes de saúde com a ajuda da população. As ações devem ser feitas rotineiramente, continuadamente, sendo intensificadas naquelas áreas onde hoje estão ocorrendo os casos. A gestão dos municípios precisa concentrar os esforços em locais com maior índice de infestação do vetor e o maior número de casos. É importante que os esforços, nesse momento, sejam redobrados, fazendo uso de todas as ferramentes que se tem, principalmente usando todo o contingente de agentes de endemias e agentes de saúde nas áreas de maior risco. É importante ter esse cuidado”, reforçou a gerente do Núcleo de Endemias da Vigilância Epidemiológica da SES, Sidney Sá.
Ainda segundo ela, vale lembrar que, conforme os resultados do índice de classificação do LIRAa realizado no mês de março, dos 75 municípios sergipanos, 21 encontram-se com alto risco de infestação, são eles: Laranjeiras, Itabaianinha, Pedrinhas, Santa Luzia do Itanhy, Tomar do Geru, Feira Nova, Nossa Senhora da Glória, Porto da Folha, Areia Branca, Malhador, Moita Bonita, São Domingos, Poço Verde, Riachão do Dantas, Salgado, Simão Dias, Aquidabã, Japoatã, Malhada dos Bois, Nossa Senhora de Lourdes e Capela. No levantamento anterior eram 12 com alto risco. Com risco médio estão 44 municípios e 10 em baixo risco.
“Na segunda quinzena do mês de julho vamos realizar o quarto LIRAa. É importante que observem e analisem esses resultados. O LIRAa não é somente uma informação que é retirada e passada para a Secretaria de Estado da Saúde que, por sua vez, repassa para o Ministério da Saúde. O LIRAa é uma ferramenta a mais que cada gestão municipal tem, para que possa tomar as medidas necessárias a fim de conter o vetor e consequentemente o aumento no numero de casos”, disse Sidney.
Brigada Itinerante
“Nós já capacitamos uma turma para compor a Brigada Itinerante então, hoje, já temos 50 agentes capacitados prontos para trabalhar e já estão sendo convocados mais 50 porque a proposta é de termos 100”, informou a gerente.
Carro Fumacê
O Ministério da Saúde (MS) informou através de nota o desabastecimento do inseticida utilizado no carro fumacê. Porém, vale ressaltar que o carro fumacê não é o único meio de controle do vetor causador da dengue e seu uso indiscriminado causa danos graves à saúde e ao ecossistema.
A gerente do Núcleo de Endemias informou, que é fundamental o trabalho de rotina, realizado pelos agentes de endemias, que usam o larvicida quando for necessário para fazer o tratamento de um determinado criadouro, e o agente de Saúde, orientando a população. “Esse é um trabalho fundamental para o controle do Aedes”, reitera.
Participação da população
A população também precisa colaborar. O mosquito, da sua fase de ovo até a sua fase de larva leva, em temperatura normal, de sete a dez dias, mas, com o período de calor associado às chuvas, em sete dias ele já está adulto. “O aumento significativo no número de vetor e de municípios infestados deve-se a esse fato, então é importante que a população também fique alerta, para que nos ajude nesse trabalho de controle, a visita do agente passa, e a população precisa continuar com as medidas preventivas”, concluiu Sidney.
Dicas de combate
Água limpa e parada é o ambiente ideal para a reprodução do mosquito da dengue e a melhor maneira de combater a doença é evitando a reprodução do mosquito. Assim, cuidado com acúmulo de água em vasos de plantas, em pneus, garrafas e outros utensílios, prestar atenção nos ralos, limpar calhas, colocar telas em janelas, cuidado com piscinas, lagos caseiros e aquários, abrir portas e janelas quando o carro fumacê estiver passando, lavar recipientes que juntam água, paredes de lavanderias e tanques com sabão e usar repelente.
Sinais de alarme de dengue
Dor abdominal intensa (referida ou palpitação) e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), hipotensão postural e/ou lipotimia, hepatomegalia maior do que 2cm abaixo do rebordo costal, sangramento de mucosa, letargia e/ou irritabilidade, aumento progressivo do hematócrito.
Fonte: SES
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