Secretários da PMA pedem desculpas a servidores

Secretários e procurador negam fechamento das unidades de saúde e explicam atraso de salários (Foto: Portal Infonet)

Três secretários municipais e um procurador do Município de Aracaju convocaram uma entrevista coletiva para pedir desculpas aos servidores públicos do município pelo atraso dos salários e alertar que a greve dos servidores não afetou o atendimento nas unidades de saúde. O calendário de pagamento não foi anunciado, mas o secretário Carlos Batalha, de Comunicação Social, deixou claro que a prefeitura só tem perspectiva financeira a partir da segunda quinzena do mês de novembro com a aproximação das festas de fim de ano.

Os secretários municipais Antonio Almeida, Marlene Calumby e Carlos Batalha, respectivamente da Saúde, Governo e Comunicação Social se limitaram a lamentar os reflexos da crise. Carlos Batalha revelou que a prefeitura só terá condições de anunciar o calendário de pagamento da folha mensal e do 13º salário depois do próximo dia 5.

Segundo Batalha, parte dos salários já começou a ser paga. Servidores com iniciais de algumas letras do alfabeto, do grupo que representa o menor número de servidores, estagiários e pessoal contratado da área da Saúde receberam os salários nesta segunda-feira, 24, e a prefeitura está fazendo esforço, segundo os secretários, para pagar o restante dos servidores até o final deste mês. Mas o calendário de pagamento dos salários e do 13º salário só deverá ser anunciado, segundo o secretário Carlos Batalha, depois do próximo dia 5.

A falta de pagamento dos salários, segundo Batalha, é consequência da queda de receita. Batalha revelou que a PMA perde algo em torno de 40% a 50% dos repasses mensais referentes ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e que, como consequência da greve dos bancários, cerca de R$ 1,1 milhão deixaram de entrar nos cofres municipais.

Bloqueio

O secretário Antonio Almeida negou o fechamento das unidades de saúde durante o fim de semana, mas confirmou redução no número de atendimento no mês de outubro, se comparado ao mês de setembro, especificamente nos hospitais Fernando Franco e Nestor Piva mantidos pelo município de Aracaju.

O secretário Carlos Batalha acusou o Governo do Estado de fazer “pirotecnia” por montar uma tenda do Exército para atender à demanda durante o fim de semana no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Para Batalha, a superlotação do Huse está associada à deficiência do atendimento em todos os municípios sergipanos.

Batalha revelou também que o Estado não está cumprindo obrigação legal de fazer os repasses financeiros ao município. E, como consequência, segundo o procurador Ramon Rocha, o Ministério Público Estadual está pedindo o bloqueio de mais de R$ 11 milhões das contas do Governo do Estado.

Resposta

O secretário Sales Neto, de comunicação social do Governo do Estado, informou que o Governo do Estado montou a estratégia no Huse em decorrência do número de atendimento de casos classificados como baixa complexidade que praticamente duplicou em função da deficiência no atendimento prestado pela Prefeitura de Aracaju.

Segundo Sales Neto, eram realizados diariamente no Huse cerca de 400 a 500 atendimentos de baixa complexidade e agora aumentou, chegando a atingir 1,2 mil atendimentos de baixa complexidade em um único dia. O secretário Sales Neto confirma o débito com o município, mas se comprometeu a fazer um levantamento desta dívida.

Por Cássia Santana

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