A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), em parceria com o Conselho Regional de Psicologia 19, os centros universitários Estácio e Maurício de Nassau e a Universidade Tiradentes (Unit), realizará uma programação especial em alusão ao Setembro Amarelo, por meio do YouTube Educação Sergipe, tendo como público-alvo a comunidade escolar da rede pública de ensino.

Os objetivos são promover diálogo sobre ideação suicida, autolesão, posvenção; divulgar os fatores de proteção ao comportamento suicida e medidas protetivas a serem adotadas; e potencializar o ambiente escolar como lugar de atenção, cuidados e afetos.

Com a participação de conferencistas convidados, a iniciativa, que é coordenada pelo Núcleo de Apoio Socioemocional (NAS), vinculado ao Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase) da Seduc, terá início na próxima quinta-feira, 26 de agosto, às 15h. Nessa data, será realizado a palestra “Vamos conversar sobre o suicídio: O que a escola pode fazer? O olhar dos/as profissionais da educação”, sob a condução dos psicólogos Bruno Madureira Jesus dos Santos (CRP) e Luana Cristina Silva Santos (Estácio), com a mediação da professora Márcia Furlan, coordenadora do NAS.

A programação seguirá em mais dois momentos: no dia 9 de setembro, com a palestra “Vamos conversar sobre o suicídio: O que a escola pode fazer? – O olhar da família?”; e no dia 20 de outubro, com a palestra “Vamos conversar sobre o suicídio: O que a escola pode fazer? – O olhar dos/as estudantes”. As lives serão transmitidas no canal da Educação Sergipe no YouTube e poderão ser acessadas por meio do endereço: www.youtube.com/educacaosergipe.

O Núcleo de Apoio Socioemocional (NAS) considera necessária a discussão sobre o suicídio, de forma responsável e acolhedora, buscando estabelecer um diálogo com a comunidade escolar no intuito de desfazer o estigma sobre a abordagem do tema.

Para a coordenadora do NAS, Marcia Furlan, ao abordar o tema, sem alarmismos e de forma responsável, aprimoram-se os canais de comunicação, de escuta e de fala, facilitando assim a procura por ajuda pelas pessoas que estejam enfrentando dificuldades socioemocionais. Ressalta ainda que as escolas em cujas práticas educativas auxiliam os estudantes a lidarem com situações de conflito, a exercerem a tolerância, o respeito às diferenças, às diversidades, promovendo a criação de vínculos afetivos, são escolas que fortalecem os fatores de proteção de crianças, adolescentes e jovens e a valorização da vida.

Parceria

O coordenador da Comissão de Direitos Humanos do CRP 19, Fernando Antônio da Silva Nascimento, afirmou que as parcerias enriquecem os debates. “É de fundamental importância esse tipo de ação, tornando-se ainda mais necessária em virtude dos efeitos da pandemia. Nesse momento os alunos estão passando por uma rotina muito cansativa que os afeta em vários sentidos, principalmente no que se refere à saúde mental. E a proposta dessa iniciativa é justamente ajudá-los no sentido de saber lidar com as difuldades”.

De acordo com André Mandarim, coordenador do curso de Psicologia do Centro Universitário Maurício de Nassau, as tensões e as pressões da vida contemporânea, que cada vez mais se intensificam e atingem a sociedade, especialmente os jovens, por estarem numa fase de descoberta e reconhecimento de si mesmo, têm aumentado os índices de atitudes de autoagressão e autodestruição nessa faixa etária.

“Então é preciso que a gente tome medidas, problematize a questão das autolesões, a questão do comportamento suicida, das ideações suicidas a fim de que a gente encontre, juntamente com esse público, uma forma de canalizar, direcionar e lidar com essas pressões, esses anseios que provocam esse tipo de comportamento. A parceria com a Seduc é muito importante para que a gente possa ter essa aproximação e atingir esse público tão grande que é a rede pública de ensino”, concluiu André Mandarim.

Fonte: Ascom/Seduc