Sem acordo, condutores do Samu vão paralisar

O presidente do sindicato, Adilson Ferreira Melo (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Permanece o impasse entre os condutores de ambulâncias do Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu) e a mesa de negociação da Secretaria de Estado da Saúde em relação ao reajuste da categoria e a isonomia salarial.

Os condutores chegaram a paralisar as atividades no mês passado, mas após audiência no Ministério Público decidiram retornar as atividades com a promessa de que as reivindicações seriam discutidas e contemplariam os servidores. A explicação é do presidente do sindicato da categoria (Sindconam/SE), Adilson Ferreira Melo, que afirma que a paralisação também vai atingir os técnicos e auxiliares de enfermagem.

“Lamentamos pela paralisação, mas hoje os condutores ganham um terço do salário do médico e 60% do enfermeiro. Queremos saber o porquê a mesa negocia a projeção de R$ 4100 para enfermeiro, R$9380 para o médico e a nossa ficou com R$ 1120 que é o que ganhamos hoje. O que dá a entender é que estão contemplando duas e estagnando outras”, observa.

Adilson Ferreira acrescenta que na última terça-feira, 10, esteve reunido junto a mesa de negociação, mas o pedido de 30 dias do secretário da saúde para alterar a proporção salarial do Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos (PCCV) para R$ 2460 não agradou aos servidores.

“Já foi solicitado da mesa que fizesse essa alteração, mas quando chegou na reunião foi pedido mais 30 dias, lamentamos mas não temos outra solução a não ser paralisar os serviços. Vamos cumprir funcionando o que determina a Justiça para que a população não seja prejudicada. O movimento agora inchou, recebemos a adesão dos técnicos e auxiliares de enfermagem. Na próxima segunda-feira, 16, vamos nos reunir na sede da CUT a partir das 14h15 para discutir os detalhes da paralisação”, afirma.

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a informação é que a mesa de negociação está sendo realizada com os sindicatos para a montagem do PCCV para todos os níveis. A assessoria de SES explicou ainda que a responsabilidade pela elaboração do plano é do técnico da secretaria, Álvaro Carvalho, que analisa o impacto do reajuste na folha do Estado.

A assessoria da SES acrescentou que após o estudo do impacto a proposta será encaminhada para a mesa de negociação, seguida da secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) até votação da Assembleia Legislativa.

Por Kátia Susanna

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