Sergipanos devem estar atentos aos riscos da dengue

Águas paradas devem ser evitadas em função dos riscos  (Fotos: Portal Infonet)

Durante a estação mais quente do ano, o Verão, os cuidados a serem mantidos pelos sergipanos, a fim de evitar a proliferação do agente transmissor da dengue, o Aedes aegypti, devem prevalecer. De acordo com a médica emergencista do Hospital da Polícia Militar, Glória Tereza Lopes, algumas medidas simples de combate à dengue podem ser tomadas pelos cidadãos.

“Manter casas e quintais bem higienizados, sem acúmulo de recipientes, assim como evitar vidros colocados em muros e reservatórios de plantas que acumulem água parada, são algumas das recomendações transmitidas para impedir o surgimento das larvas do mosquito. Além dessas, os devidos cuidados com a manutenção de lavanderias e caixas d’água valem ser cumpridos, de forma a mantê-los devidamente cobertos”, ressaltou a médica.

A gerente do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sidney Sá, orienta a lavagem de recipientes para que os mesmos não acumulem ovos do mosquito transmissor da doença, já que podem ficar até 450 dias parados, mesmo em local seco.

Médica emergencista do HPM, Glória Tereza Lopes

"Quando esse local receber água limpa novamente, favorecerá a eclosão do ovo e o mosquito pode atingir a fase adulta em até sete dias. Caso ele esteja contaminado com o vírus, esse será o tempo necessário para que possa iniciar a contaminação dos moradores da casa e até do bairro, caso os cuidados não sejam adotados", explica Sidney Sá.

Dados

Dados mais recentes, obtidos pela SES, apontam para o total de 1.845 casos de dengue notificados em Sergipe entre os meses de janeiro e setembro de 2013. Desse total, 357 foram confirmados sendo que, quatro casos foram de dengue grave e dois óbitos. Em todo o ano de 2012, no Estado, houve a notificação de 11.192 casos, com a confirmação de 4.095, sendo 42 casos de dengue grave e três óbitos.

Conforme informações da assessoria de comunicação da SES, o trabalho realizado do poder público estadual, no que consiste à erradicação da dengue, é executado através de iniciativas, como o trabalho da Brigada Itinerante que segue por todos os municípios sergipanos realizando a fiscalização in loco. Além dessa ação, a capacitação de técnicos municipais, a ampliação do número de municípios que fazem o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) e a assistência aos pacientes em hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBS) correspondem às medidas tomadas.

Segundo o agente de combate às endemias, Roberto Messias da Silva, o município de Aracaju, no tocante à problemática da proliferação da dengue, é atualmente considerado médio risco, tendo nas regiões onde há problemas com o abastecimento de água, os riscos mais iminentes. “Localidades, como os bairros Cidade Nova e Coqueiral, além das diversas invasões territoriais, apresentam os maiores índices de proliferação do mosquito Aedes aegypti, uma vez que as condições de armazenamento da água são, geralmente, precárias”, destacou o agente.

Fumacê

Os carros fumacê, veículos que borrifam um inseticida no ar capaz de eliminar mosquitos, como o transmissor da dengue, segundo Roberto Messias, podem utilizados durante todo o ano, em todas as regiões do Estado de Sergipe. “Esses veículos são solicitados à SES para atuar, em especial, nas localidades onde há mais alto índice de infestação do mosquito, ou seja, maior número de casos de dengue, a exemplo, dos municípios de Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e Aquidabã”, esclareceu o agente de combate às endemias.

Em entrevista concedida pela secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva, ela declara que mesmo com a greve dos agentes de saúde e de combate às endemias da capital sergipana, a população receberá os serviços de combate à dengue.

“A ‘Brigada da Dengue’ também se mantém preparada, bem como os carros fumacê, para, em caso de eventualidade, como a que foi anunciada pelos agentes de saúde e endemias da capital, da possibilidade de greve dessa categoria, não deixar a população sergipana desassistida”, garantiu a secretária em entrevista.

Por Nubia Santana 

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