A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Endemias, recomenda aos gestores municipais a intensificação da buscativa por pacientes com esquistossomose. A orientação deriva do fato de Sergipe ter 51 municípios endêmicos para a doença e do número de casos e de óbitos registrados nos últimos dois anos.
Em 2020, foram contabilizados 2.094 casos, com 26 óbitos contra os 3.813 casos e 28 óbitos em 2019. No entanto, os números não retratam a realidade, segundo considera a gerente do Núcleo de Endemias, Sidney Sá.
“Atualmente o Estado de Sergipe não tem um perfil traçado da esquistossomose porque há um déficit muito grande na buscativa dos casos. Em 2020, dos 51 municípios endêmicos para a doença, apenas 16 foram em busca dos pacientes, quando foram realizados 11.437 exames e confirmados 440 casos. Os demais foram detectados através da demanda espontânea que chegou às unidades de saúde”, informou a gerente.
Em 2019, segundo os dados do Núcleo de Endemias, os gestores municipais foram mais atuantes na buscativa. Naquele ano, 27 municípios trabalharam para identificar o paciente com esquistossomose, realizando 20.413 exames que resultaram em 1.175 confirmações. “O município precisa ir ao encontro do seu paciente e não apenas esperar que ele procure a unidade de saúde”, disse Sidney Sá, salientando que existe um programa de prevenção e controle da esquistossomose que é de gestão municipal.
A gerente explicou que, após a descentralização da saúde, parte da prevenção da saúde pública ficou a cargo da gestão municipal, enfatizando que à Secretaria de Estado da Saúde cabe a responsabilidade de monitorar os indicadores, de acompanhar e sugerir novas ações, bem como do fornecimento do medicamento enviado pelo Ministério da Saúde, além de executar trabalhos educativos junto com os municípios.
Sidney Sá informou que a esquistossomose é um problema grave de saúde pública em alguns Estados do Brasil e Sergipe é um deles, mas, salienta que é uma doença de fácil tratamento quando detectada já que todo o medicamento é gratuito. Segundo ela, o difícil não é tratar e sim identificar o paciente. “Por isso a importância de ser trabalhada tanto pelas equipes de Saúde da Família (PSF), como pelo agente de endemias. Só assim poderemos diminuir a sua prevalência” , atestou.
Sintomas
A esquistossomose é uma doença parasitária ocasionada pelo verme Schistosoma que tem o caramujo como hospedeiro. Mas não é qualquer molusco. É um específico, que vive na água. O parasita contamina órgãos como o baço e o fígado, comprometendo-os de tal forma que pode levar a óbito. Os sintomas são o de uma verminose e dependendo da carga parasitária a pessoa pode apresentar febre, coceira, vômitos e diarreia.
Como são sintomas comuns a uma verminose, é fundamental que o profissional de saúde esteja bem atendo tanto à sintomatologia como a área de origem do paciente. “Se esse paciente vem de uma área endêmica para esquistossomose, é possível que aquela pessoa esteja com a doença, então o profissional de saúde precisa estar atento a esse fato”, orientou,
Reunião
O Núcleo de Endemias deve se reunir nos próximos dias com os gestores municipais para tratar do programa de prevenção e controle da esquistossomose e orientar um trabalho integrado entre a saúde municipal e as diversas áreas e pastas que têm relação com a doença como meio ambiente, educação e saneamento. “Somente quando houver um trabalho integrado de controle do vetor é que poderemos enfrentar a doença com maior eficiência”, concluiu Sidney.
Fonte: SES
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