Sergipe realizou 166 transplantes no ano passado

(Foto Ilustrativa/Arquivo Portal Infonet)

Dados do Ministério da Saúde revelam que Sergipe realizou 166 transplantes em 2012, o que representa 15% a mais em relação a 2011. Por órgão transplantado, o resultado mostra que o estado fez 144 cirurgias de transplante de córnea, 20 de medula óssea e dois de rim. Em toda a região Nordeste, o total chegou a 4.706, incremento de 20% no mesmo período avaliado. Em todo país, o aumento geral foi de 2,6% em 2012, quando o total de cirurgias chegou a 23,9 mil.

“Em 2012, o Brasil superou seu próprio recorde mundial de ser o país que mais faz transplantes totalmente públicos e gratuitos. Mas o que mais comemoramos é o crescimento de 47% na região Norte e 20% na Nordeste. Com isso, estamos conseguindo levar essa cirurgia tão complexa para perto das pessoas, salvando vidas nas regiões que menos realizavam transplantes”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Com a tendência de aumento nos transplantes e de doadores, houve redução no número de pessoas que estão na lista de espera por uma cirurgia. No país, 26.662 pessoas aguardam por transplantes – redução de 4,2 em relação a 2011 (27.827).

Além do Nordeste, o Norte também apresentou aumento percentual de 47%, com a realização de 613 cirurgias – em 2011 o total foi de 416. O Centro-Oeste passou de 1.812 cirurgias, em 2011, para 2.160, no ano passado, o que representa crescimento de 19% no período.

Em números absolutos, São Paulo se destaca com 8.585 transplantes realizados, sendo a maior parte de córnea (5.541). O segundo estado com volume maior de transplantes é Minas Gerais – 2.179, seguido pelo Paraná (1.721), Pernambuco (1.678) e Rio Grande do Sul (1.673).

No ano passado, estados de Ceará, Pernambuco, Acre, Mato Grosso do Sul, Paraná, Espirito Santo, Distrito Federal e São Paulo já eliminaram a lista de espera para o transplante de córnea.

SNT – O Brasil é referência mundial no campo dos transplantes. Atualmente, 95% das cirurgias no país são realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é gerenciado pelo Ministério da Saúde, pelos estados e municípios.

A seleção dos potenciais receptores de órgãos é feita através de critérios clínicos, de acordo com cada órgão ou tecido, além da avaliação do tipo sanguíneo e o tempo de espera. O Brasil realiza transplantes de órgãos sólidos (coração, fígado, pulmão, rim e pâncreas), tecido ocular (córnea) e células (medula óssea).

Para atender a quantidade de pacientes e cirurgias de transplantes, existem no país 25 centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos, sendo 11 delas sub-regionais; 11 câmaras técnicas nacionais; 748 serviços distribuídos em 467 centros; 1.047 equipes de transplantes; além de 62 Organizações de Procura por Órgãos (OPO), no Brasil. O trabalho exige profissionais de várias áreas da saúde e afins, como psicologia, assistência social e policial.

Com relação à medula óssea, o Brasil conta com o 3º maior registro mundial de doadores voluntários. Atualmente, são mais de 2,9 milhões de doadores cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) – em 2000 eram 12 mil voluntários inscritos. O salto se deve em grande parte a campanhas publicitárias e ações de sensibilização do Ministério, estados e municípios.

Fonte: Agência Saúde

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