Sergipe registra 314 casos de sífilis congênita em 2014

O médico Almir Santana fala da Campanha (Foto: Portal Infonet)

Preocupados com o alto índice que a sífilis congênita vem apresentado no estado de Sergipe, foi aberta nesta quarta-feira, dia 06, a Campanha de Prevenção à Sífilis Congênita em alusão ao Dia das Mães que tem como lema 'Mamãe: não deixe seu filho nascer com Sífilis'.

Segundo dados da gerência do Programa Estadual de DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde (SES), somente em 2014 foram registrados 314 casos de sífilis congênita [transmissão da doença da mãe para filho]. Já em 2015 [até maio] foram registrados 24 casos em Nossa Senhora do Socorro, 17 em Aracaju, 5 na Barra dos Coqueiros, 5 em Itabaiana, 4 em Estância e 4 em São Cristóvão.

Dos 75 municípios sergipanos, 19 apresentam maior número de casos da doença, sendo eles Aracaju, Areia Branca, Barra dos Coqueiros, Campo do Brito, Canindé do São Francisco, Capela, Carmópolis, Estância, Boquim, Ilha das Flores, Itabaiana, Itaporanga D’Ajuda, Lagarto, Laranjeiras, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Socorro, Propriá e São Cristovão.

A doença poderá acarretar má-formação no feto 

De acordo com o gerente do Programa Estadual de DST/Aids, o médico Almir Santana. a doença é causada muita das vezes pela demora na realização do pré-natal. “A sífilis existe porque a mulher pega a bactéria do parceiro [Treponema pallidum] e ela passa  para o bebê ainda em formação. A sífilis congênita significa uma falha no pré-natal, pois as mulheres deixam para iniciar o pré-natal com cinco meses de gestação. Além disso, um outro desafio é incluir o parceiro para fazer o teste da doença e acompanhar a parceira no pré-natal.

Caso o diagnóstico não seja feito a tempo, a doença poderá causar diversos problemas ao bebê como a criança nascer morta, ocorrer o aborto espontâneo ou o bebê nascer com sequelas [má formação no esqueleto, lesão no coração ou no sistema nervoso].

Segundo o secretário de Estado da Saúde, José Sobral, também é preciso que os municípios se engajem na campanha. “As ações de saúde são tripartide com o Ministério da Saúde que fornece medicamento, o estado que faz a avaliação e coordenação, mas a sífilis e a DST precisam ser enfrentada na atenção básica. Entendemos que os poderes são harmônicos e chamamos que eles [municípios] integrem essa ação e traga seus agentes. O estado está fazendo o seu papel, mas é preciso que a população cobre dos gestores", afirma

Tratamento

A abertura da Campanha aconteceu na SES

A doença tem cura, mas é necessário que o tratamento seja iniciado assim que for diagnosticada a doença. O exame é feito nos postos de saúde e o resultado sai em 15 minutos. O tratamento é feito com a penicilina e a depender do estágio, o tratamento dura em torno de três semanas.

Por Aisla Vasconcelos

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