Sergipe registra 399 casos de hanseníase nos últimos 15 meses

O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico(Fotos: Portal Infonet)

Sergipe registrou de 2018 até o momento, 399 casos de hanseníase, destes 39 casos da doença são em menores de 15 anos. O Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) é o 2º país do mundo com o maior número de casos de hanseníase. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sergipe nos últimos cinco anos apresentou uma média de 350 casos novos em adultos e 32 casos em menores de 15 anos.

A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, caracterizada principalmente por lesões na pele com alteração de sensibilidade. A doença pode atingir pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas.

De acordo com Mércia Feitosa, diretora em vigilância da SES, o diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico. “Ele é realizado por meio da anamnese, exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos”, explica.

Mércia Feitosa, diretora de vigilância em saúde da SES, explica que hanseníase tem cura e o tratamento da doença é feito gratuitamente na rede pública de saúde. (Foto: Portal Infonet)

A hanseníase tem cura e o tratamento da doença é feito gratuitamente na rede pública de saúde. “O paciente recebe a primeira dose, por via oral, no momento do diagnóstico. Essa dose é supervisionada pelo profissional de saúde, e as demais doses são diárias em domicílio, por 6 ou 12 meses de acordo com o tratamento indicado. Após receber a dose supervisionada o paciente deixa de transmitir a doença, por isso, o diagnóstico precoce é importante para alcançar a cura e quebrar a cadeia de transmissão”, ressalta Mércia.

A hanseníase é transmitida pela respiração de uma pessoa doente sem tratamento. É preciso do contato mais íntimo e prolongado para adquirir a doença, a exemplo do contato com familiares e amigos que dividem a mesma casa. Não sendo tratada ou o tratamento sendo feito de forma tardia, ela pode causar incapacidades ou deformidades nas mãos, nos pés ou olhos.

Mércia conta que a SES tem feito campanhas educativas, treinamento de profissionais da atenção básica; articulação com universidades do estado e outras parcerias para discussão do agravo e como combatê-la; apoio técnico na condução da vigilância do agravo; e monitoramento do perfil epidemiológico para conter a doença no estado.

Por Karla Pinheiro

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