Em Sergipe, segundo apontam dados do Sistema de Agravos de Notificações (SINAN), fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nos primeiros seis meses do ano (da primeira à 27ª semana epidemiológica) houve uma redução brusca no número de casos confirmados de dengue.
De acordo com a SES, foram registradas 1.286 notificações e 149 confirmações de dengue. No ano passado, neste mesmo período, foram 2.205 notificações e 798 confirmações. Em todo ano de 2020 foram notificados 5.285 casos e confirmados 1.847.
Apesar da redução nos números da dengue, houve um aumento nos casos Chikungunya, onde foram quantificados 113 casos confirmados a mais, em relação ao mesmo período de 2020; a Zika, apresentou 18 confirmações a mais em relação ao mesmo período do ano passado, entretanto os números referentes à dengue,
De acordo com as informações, foram notificados 1.551 casos de Chikungunya nos primeiros seis meses deste ano, sendo que 736 foram confirmados. No ano passado, neste mesmo período, foram 874 notificações e 623 confirmações. Em todo o ano de 2020 foram notificados 5.000 casos e 3.820 confirmações de Chikungunya.
Este ano, da primeira à 27ª semana epidemiológica, foram notificados 125 casos de Zika e 39 confirmações. Neste mesmo período, no ano passado, foram 121 notificações e 21 casos confirmados de Zika. Em todo ano passado, foram 527 notificações e 188 confirmações.
A gerente do Núcleo de Endemias, Sidney Sá, destaca que é fundamental que os municípios estejam atentos a essas notificações, porque é baseado nos indicadores do sistema de informação que as áreas técnicas fazem a avaliação necessária e, junto ao próprio município, buscam conter o avanço das arboviroses. Além disso, orienta que as pessoas fiquem atentas aos sintomas.
“Então é importante que tudo isso esteja registrado. Não adianta dizer que tem caso sem estar registrado, é essencial que o registro aconteça para uma avaliação real. É importante sempre está fazendo esses tipos de análise epidemiológica porque as arboviroses continuam, mesmo em período de pandemia da covid-19. Temos os registros de casos, então houve uma redução no número de casos de dengue, mas em compensação observamos um aumento no número de casos de chikungunya e zika. A população deve ficar em alerta nos sintomas que são parecidos inicialmente. É importante que a população esteja sempre procurando as Unidades Básicas de Saúde e os profissionais de saúde para que o diagnóstico e notificação dos casos aconteçam, para que seja possível melhorar cada vez mais os serviços”, enfatiza.
De acordo com Sidney Sá, o Estado vem trabalhando intensamente utilizando algumas estratégias para barrar as arboviroses. Ela explica que uma das ações é o carro fumacê, mas com as chuvas, o uso não é indicado porque há interferência na eficácia do trabalho de borrifamento. Neste caso, a orientação é que o combate ao mosquito seja realizado através dos agentes de endemias municipais, que utilizam bombas costais para borrifar o inseticida.
“O Estado vem trabalhando sempre, após a análises, trabalhamos com o carro fumacê, mas o carro é limitado, principalmente nessa época do ano que tem o período chuvoso maior, então existe uma implicância com uso do carro fumacê durante esse período de chuva. Diante disso, o Estado tem distribuído para os municípios inseticidas, quando estes nos solicitam. Porque estes inseticidas estão sendo liberados, porque os municípios também foram contemplados com bombas costais. Chamamos assim porque as mesmas bombas utilizadas no carro também são utilizadas nas costas de um profissional, e que tem muito mais efetividade do que o próprio uso de um carro fumacê, porque é uma máquina portátil que se pode fazer o controle do vetor em sua fase adulta. Então o Estado tem fornecido material e insumos para que os municípios possam trabalhar”, finaliza a gerente.
Fonte: SES
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