Sergipe tem redução de 23,31% dos casos de hanseníase

Campanha do Governo Federal (Imagem: Governo Federal)

No Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (29 de Janeiro), a Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou a diminuição em 23,31% dos novos casos de hanseníase em Sergipe, nos anos de 2012 (476) e 2013 (365). Em Aracaju, cidade com maior incidência de novos casos da doença, houve a diminuição em 18,9% no mesmo período, após registro de 137 diagnósticos em 2012 e no ano seguinte, de 111 novos casos.

De acordo com a coordenadora de Hanseníase da SES, Kátia Guimarães, em 2013, depois de Aracaju, os municípios de Nossa Senhora do Socorro (37), Tobias Barreto (20) e Itabaiana (18) lideram o ranking de novos casos. “Os novos casos, em geral, são detectados pelos profissionais que atuam na rede básica da saúde, que ao cuidar de outras enfermidades, acabam detectando a hanseníase”, explicou a coordenadora.

Segundo Kátia Guimarães, o maior impasse enfrentado no tratamento da doença é a discriminação. “O estigma criado em torno da doença é tão grande que o próprio paciente encontra dificuldades para ir em busca do tratamento. É necessário que eles e toda a população saiba que a hanseníase tem cura e pode ser tratada pela rede pública da saúde”, esclareceu.

Sintomas

A depender do tipo da hanseníase, doença causada pelo bacilo de Hansen, um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, tem como primeiros sintomas manchas dormentes na pele, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.
“A hanseníase paucibacilar é caracterizada por poucas manchas. Já a multibacilar apresenta mais de cinco. Além desse sintoma, a inflamação dos nervos, que provoca a ausência de calor na região afetada e a não percepção do toque tornam identificada a doença”, afirmou Kátia.

Tratamento

O tratamento inicial e rápido é recomendado para pacientes com hanseníase, em virtude do possível surgimento de deformidades no corpo, mais comuns em nariz e dedos, e maior comprometimento do sistema nervoso. Com período de incubação que varia entre dois e dez anos, a doença pode não ser identificada de imediato, o que implica na necessidade de visitas e exames periódicos na unidade de saúde mais próxima.

Em caso de surgimento desses sintomas, o paciente deve, automaticamente, procurar uma unidade de saúde e seguir rigorosamente o tratamento, recebendo mensal e gratuitamente a medicação adequada.

“Ao iniciar o tratamento, a ação do bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae, é neutralizada, mediante uso do antibiótico adequado. Caso não seja tratada, o contágio direto pode acontecer via aérea, com maiores possibilidades em ambientes fechados, com grande volume de ocupantes. Cidadãos com baixa imunidade e desprovidos de uma boa assistência de saúde também tem grandes chances de contrair a doença”, alertou a coordenadora de Hanseníase da SES.

SES

Uma vez que o diagnóstico é médico e clínico, a conscientização dos profissionais da área da saúde, para que ajudem na detecção de novos casos da doença, deve ser priorizada. A fim de realizar ações desta natureza, Kátia Guimarães garante que uma reunião será realizada no próximo dia 7, com profissionais da Vigilância Epidemiológica e da SES para definir as ações a serem desenvolvidas em 2014, para o combate e a prevenção da doença.

Por Nubia Santana

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais