Servidores da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) cruzaram os braços e se manifestaram na manhã desta terça-feira, 1º de outubro, em frente ao Hospital Regional José Franco, em Nossa Senhora do Socorro. A manifestação é acompanhada de uma paralisação de 24h que ocorre também nos demais hospitais regionais do estado: Itabaiana, Tobias Barreto, Estância, Boquim, Capela, Propriá e Nossa Senhora da Glória.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde (Sintasa), Augusto Couto, destaca que a mobilização geral inclui pautas que vão desde a reivindicação por um plano de carreiras e de remuneração aos servidores à realização de concurso público em detrimento dos processos seletivos simplificados que são realizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). “Nossa pauta é a mesma cobrada há muitos anos, que é o plano de carreiras e de remuneração da fundação, o qual está parado e há servidores ganhando salários-mínimos. Criam PSS [Processo Seletivo Simplificado], mas não reajustam os salários dos funcionários que estão no dia a dia”, reclama o sindicalista.
Augusto explica que a manifestação central realizada no Hospital José Franco ocorre por conta de problemas específicos que têm envolvido a rotina dos trabalhadores da unidade localizada em Socorro.
Segundo a técnica em enfermagem Maria Denise, direitos básicos como o reajuste salarial e a insalubridade não estão sendo pagos no local. “Estamos há seis anos sem reajuste salarial e não temos direito à insalubridade porque eles não incorporam. Precisamos de mais respeito e lembramos à população que a culpa não é nossa por eles não serem bem atendidos. Somos uma categoria que precisa trabalhar em vários hospitais para termos um salário digno, o que sobrecarrega a gente.”, argumenta a servidora.
Críticas aos processos seletivos
Conforme Augusto Couto, a realização de processos seletivos sucessivos, sem a produção de concursos públicos, contribui para o atual inchaço da Previdência Estadual. “O governador todo dia diz que a previdência tá inchando. Se não faz concurso público, é claro que a previdência vai quebrar porque quando o servidor se aposenta, vai para o regime da previdência estatutário, mas não há quem o substitua na reserva. Daqui há três ou quatro anos os servidores públicos estaduais estarão aposentados.”, protesta Couto.
FHS
A Secretaria de Estado da Saúde, através da Fundação Hospitalar de Saúde, emitiu nota para informar que está abrindo a mesa de negociação para discutir o acordo coletivo. “A FHS está aberta ao diálogo com os sindicatos, tendo inclusive se reunido na semana passada com o Sintasa para ouvir as reivindicações da categoria. Na última sexta-feira, participou de uma audiência no Ministério Público do Trabalho, com a participação de representantes dos trabalhadores, e as negociações estão avançando.”, complementa a nota.
por Daniel Rezende
*A matéria foi editada às 11h31 do dia 01/10/2019 para acréscimo de nota encaminhada pela FHS*
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