Servidores do Hospital de Socorro com salários atrasados

Hospital José Franco Sobrinho (Foto: Sintasa)

Os servidores do Hospital José Franco Sobrinho, que prestam serviço a Orbra Serv, reclamam que a empresa não vem cumprindo com as obrigações trabalhistas. Essa denúncia foi feita aos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Área da Saúde de Sergipe (Sintasa), que visitaram a unidade de Saúde nesta quinta-feira (21). Os trabalhadores não receberam o salário de janeiro, vale transporte de dezembro foi entregue de 15 dias apenas, e não houve pagamento das horas extras e feriados.

Outra reclamação comum é o assédio moral constante, uma vez que quando os trabalhadores vão reclamar dos salários atrasados recebem ameaça de demissão tanto por telefone como via SMS, como comprovado pelo Sintasa. O desvio de função é outro ponto que vem acontecendo. Só para ser ter ideia, o porteiro tem feito à função da ouvidoria, que, diga-se de passagem, recebe muitas anotações. No hospital, ficou constatada ainda a falta de esparadrapo, luvas, escalpe, soro e alguns remédios.

“Vamos tomar as devidas providências em relação ao abuso de poder, de autoridade, de quem administra a empresa Orbra Serv, e também dos gestores do hospital. Nós estamos de olho. Vamos fazer visitas em todas as instituições hospitalares e unidades básicas de Saúde deste estado. Queremos sempre melhores condições de trabalho e salário digno”, disse a diretora do Sintasa, Maria das Graças, que foi acompanhada pelos diretores João Wadson e Maria Edite.

A Orbra Serv é responsável pelos serviços no hospital desde o dia 4 de dezembro, segundo informações dos próprios servidores. E um problema semelhante vem acontecendo entre essa empresa e os trabalhadores terceirizados de informática lotados à saúde de Salvador, que estavam sem receber salário até o início deste mês, conforme dados obtidos pelo site do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas e Órgãos de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares do Estado da Bahia (Sindados).

Outros locais

A denúncia recebida pelo Sintasa ocorreu graças às visitas constantes que o sindicato vem realizando esta semana para divulgar a assembleia geral dos servidores, que acontecerá no dia 4 de março, e também entregar um questionário para os funcionários preencherem informando as principais dificuldades que vem sofrendo; além das fichas cadastrais de filiação.

Na quarta-feira, houve visita aos servidores da Escola Técnica do SUS (ETSUS) e na sede da Funesa. Nesta quinta-feira pela manhã, ocorreram visitas no Hospital José Franco Sobrinho, Centro de Atenção e Integração da Saúde da Mulher (CAISM), HEMOSE e Samu Estadual. À tarde, estava prevista visitas na Central de Logística da Fundação Hospitalar de Saúde (Celog/FHS) e no Almoxarifado da Funesa.

No Hemose, muitos funcionários apresentaram uma preocupação para a implantação da homologação do Plano de Emprego e Renda (PER), que é voltado para os trabalhadores celetistas; além do desejo de informação sobre o atual cenário do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). Mas estas dúvidas serão dirimidas na assembleia geral. Houve uma conversa também sobre as 30 horas da enfermagem, que não pode ser esquecida. O Sintasa é a favor dessa carga de trabalho de 30 horas.

Fonte: Ascom Sintasa

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