Os servidores do Hospital Universitário [da Universidade Federal de Sergipe] entrarão em greve geral, por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira, 18. O representante dos empregados do HU de Sergipe junto à Comissão Nacional de Negociação, Ricardo Abel Garcia Passos, explicou que a greve afetará as 48 unidades administradas pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no país.
A greve geral, conforme o representante dos empregados, é consequência da falta de entendimento nas negociações para celebrar o acordo coletivo de trabalho. De acordo com o sindicalista, a greve deveria ter sido deflagrada no início deste mês, mas a gerência da Ebserh teria prometido abrir um novo canal de diálogo para apresentar uma nova proposta. A categoria suspendeu o movimento grevista e optou por aguardar o encontro, que ocorreu na sexta-feira passada, dia 7. “Mas a proposta que a empresa apresentou para a categoria foi pior do que a primeira”, lamentou o sindicalista.
Conforme Ricardo Abel, a Ebserh apresentou proposta de reposição salarial ao patamar de 90% sobre o INPC e, mesmo assim, de forma parcelada: 50% do valor seria pago neste mês e os 40% restante quitado somente no próximo ano. A categoria realizou nova plenária em Brasília e decidiu recusar, aprovando a greve geral para o próximo dia 18.
Além disso, de acordo com Ricardo Abel, a Ebserh está propondo a exclusão de alguns itens do acordo coletivo que está em vigor, que retira conquistas históricas da classe trabalhadora. Ele citou como exemplo o abono do ponto por dois dias durante o ano, que serviam para que os servidores, com carga horária de 8h diárias, pudessem utilizar a folga para resolver os problemas pessoais e ainda congelar o auxílio alimentação fixado em R$ 528,00. “Nos demais, o auxílio alimentação chega a R$ 1.038,00. E o nosso não chega à metade do segundo colocado no ranking”, observa.
Ebserh
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) esclarece que a proposta apresentada foi a melhor possível, de acordo com o momento econômico que o país atravessa. No entanto, há disposição para melhorar as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2019/2020 e a Ebserh mantém o canal de diálogo aberto para avançar nos benefícios concedidos aos empregados públicos da estatal.
por Cassia Santana
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