Adilson Melo mostra ambulâncias de Riachuelo na base Nossa Senhora do Socorro (Foto: Portal Infonet) |
Os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizarão na manhã da próxima quarta-feira, 9, uma manifestação sobre a situação da base de Riachuelo, fechada desde o assalto no último dia 4. De acordo com o presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de Sergipe (Sindiconam), Adilson Ferreira Melo, os servidores irão descumprir a determinação para voltar a seus postos de trabalho enquanto o problema com relação à segurança não for resolvido.
Refutando a versão fornecida pela Fundação Hospitalar da Saúde (FHS) ao Portal Infonet no último dia 7, Adilson afirma que a equipe e as ambulâncias de Riachuelo estão atuando na base de Nossa Senhora do Socorro, e a unidade de Riachuelo permanece trancada. “A central de regulação mandou que todos estivessem em Riachuelo para o plantão amanhã [9], mas os servidores não vão voltar para lá enquanto não tivermos certeza que haverá um segurança para prestar assistência. Amanhã vamos tentar o diálogo com o superintendente [Clóvis França]”, diz. A manifestação dos servidores acontecerá na base Siqueira Campos, a partir das 7h.
Servidores não voltarão às bases enquanto problema de segurança não for resolvido |
Ainda segundo Adilson, a população de Riachuelo e arredores está sofrendo com o atraso do atendimento. “A base de Riachuelo presta assistência também aos municípios de Divina Pastora, Santa Rosa de Lima e Malhador. Caso haja algum chamado naquela localidade, as ambulâncias terão que se deslocar de Socorro, o que significa um atraso de pelo menos meia hora no atendimento. Isso pode ser decisivo para a vida de alguma vítima”, alerta o presidente.
O presidente afirma que o problema de segurança é generalizado no Estado. “Entre as 50 bases de Sergipe, cerca de 20 tem segurança locado na unidade. Propriá, Porto da Folha, Poço Verde, Itaporanga D’Ajuda, Barra dos Coqueiros, Pirambu e Rosário do Catete são apenas algumas das bases que estão sem segurança. Isso sem contar Laranjeiras e Itabaianinhas=, que estão fechadas por causa da falta de segurança”, afirma.
As ocorrências nas bases do Samu são registradas em sua maioria durante o período de saída das bases, segundo o presidente. “Enquanto saímos para realizar um atendimento, os invasores vem e levam nossos pertences. Por isso é tão necessário um segurança, para ao menos garantir que nossas coisas estejam seguras”, expõe.
Adilson Melo relata algumas das situações já registradas em bases do Samu do Estado. “Apenas aqui na base de Socorro já foram três invasões. No Santa Maria, também houveram três arrombamentos. Mês passado, em Poço Verde, um carro seguiu a ambulância para terminar a execução de uma vítima de tentativa de homicídio, e rendeu os servidores. Inclusive, estamos conversando com nossa advogado para mover uma ação jurídica sobre este caso, já que nessa situação não há como trabalhar”, diz.
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