Servidores federais da saúde podem entrar em greve geral

Servidores participam de café da manhã no HU (Fotos: Portal Infonet)

Na manhã desta terça-feira, 5, representantes da classe médica, de professores do curso de medicina e de outros servidores de repartições públicas federais realizaram um ato público no Hospital Universitário como forma de advertir quanto aos efeitos da Medida Provisória 568/2012, que faz alterações em planos de carreira de vários segmentos em nível federal.

No próximo dia 12, os servidores públicos federais pretendem paralisar os serviços nas áreas médica e previdência em todo o país na perspectiva de se aprovar indicativo de greve geral por tempo indeterminado caso não haja entendimentos com o Governo no sentido de rever a MP.

Para os manifestantes, os efeitos são nocivos e poderão acarretar queda salarial em patamar elevado, na perspectiva de atingir até 50% de redução salarial. Os manifestantes se concentraram no pátio do Hospital Universitário, em Aracaju, onde foi servido um café da manhã.

Tânia Andrade explica os efeitos da MP sobre os salários

O ato foi organizado pelo Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs) e Sindicato dos Servidores da Saúde, Trabalho e Previdência do Estado de Sergipe (Sindiprev) com apoio de outras entidades.

O presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, informa que a classe médica é a mais atingida pelos efeitos negativos da MP. Para o sindicalista, a Medida Provisória reduz em 50% os vencimentos básicos e mantém a mesma carga horária, uma vez que, conforme alertam os manifestantes, as gratificações de insalubridade e periculosidade deixam de incidir sobre o vencimento básico e passam a ter valores fixos, independentemente da carga horária.

Como exemplo, os manifestantes esclarecem que os percentuais de 5% , 10% e de 20% sobre o vencimento básico concedidos a título de gratificações desaparecem e, conforme a ótica dos manifestações, são substituídos por valores fixos, que variam entre R$ 100, R$ 150 e R$ 260. “Presenciamos um país em crescimento e, em contrapartida, temos corte de salário de servidor como vivêssemos em recessão”, adverte a professora Tânia Andrade, membro do Conselho Regional de Medicina (CRM).

Edjanária: outras categoria também são afetadas

“No que pese sermos trabalhadores da educação, há também servidores técnicos que atuam na área de saúde e, consequentemente, também somos atingidos quando substitui os percentuais em valores fixos”, explica a presidente do Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), Edjanária Borges.

   
Por Cássia Santana

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