SES investiga desvio de medicamento para clínica privada

Sedcretária monta palanque para falar sobre saúde pública (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

A secretária Joélia Santos, de Estado da Saúde, convocou entrevista coletiva nesta sexta-feira, 9, para falar sobre os problemas relativos à saúde pública. Durante a coletiva, a secretária revelou que o Governo estaria apurando denúncias que indicam desvio de medicamentos distribuídos gratuitamente, que estariam sendo usados em clínica de estética.

Segundo a secretária, seriam três tipos de medicamentos. A secretária esclareceu que médicos estão prescrevendo o medicamento em quantidade excessiva e orientam o paciente a levar o excedente ao consultório particular com a justificativa de que estariam formando estoque para atender ao próprio paciente em caso de ocorrer crise no abastecimento de medicamentos que são distribuídos gratuitamente pelo poder público.

A secretária informou que recebeu a denúncia dos próprios pacientes e que a questão estaria sendo apurada, com apoio da Controladoria Geral do Estado, por meio de auditorias e que os resultados serão encaminhados para o Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administrativa (Deotap) da Secretaria de Estado da Segurança Pública, que dará prosseguimento às investigações.

Joélia Santos: auditoria para investigar desvio de medicamentos

Para a secretária, um dos maiores problemas no sistema de saúde pública está na falta de compromisso de médicos na prestação dos serviços e denunciou que há médicos que estão cobrando irregularmente dinheiro de pacientes para agilizar procedimentos, alegando morosidade na prestação do serviço por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

A coletiva concedida pela secretária Joélia Santos provocou uma reação do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed). Procurado pelo Portal Infonet, o dirigente do sindicato, Helton Monteiro, informou que o Sindimed vai provocar o Ministério Público exigindo que os médicos em questão sejam efetivamente identificados e punidos com o rigor da lei.

Para o dirigente do Sindimed, a secretária deveria se preocupar em dar respostas para os problemas que a saúde enfrenta no Estado. “Os problemas giram em torno da incompetência administrativa”, considerou o diretor do Sindimed. “O Governo está chegando ao fim e não temos respostas sobre o plano de cargos”, comenta.

Dívidas

A secretária reconheceu endividamento da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), atraso nos repasses de recursos para as prefeituras municipais, mas não quantificou estes débitos. No entanto, classificou como algo natural os débitos, fazendo um paralelo com pessoas físicas endividadas que sempre estão utilizando o limite de cartões de crédito e disparou: “quem deve é porque tem crédito”.

A secretária observou que as dívidas se acumularam em função da falta de recursos públicos. Para a gestora da pasta, o percentual mínimo de obrigação do Estado para investimentos na saúde pública são insuficientes para operacionalizar o sistema que está em crescimento. Ela informou ainda que beneficiários de planos de saúde estão migrando para o atendimento público devido à amplitude de oferta dos serviços de saúde disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde, o que estaria causando superlotação e complicações na prestação do atendimento, mas garantiu que a equipe da Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem se empenhado para dar prosseguimento ao atendimento digno a todo cidadão.

Por Cássia Santana

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