Setembro Verde lança campanha para doação de órgãos

Benito Fernandez, diretor da Central de Transplantes (Foto: Arquivo Infonet)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realiza na segunda-feira, dia 12, às 19h, na Colina do Santo Antônio, a abertura do “Setembro Verde”, campanha que chama atenção para a importância da doação de órgãos e tecidos. A campanha é alusiva ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, que acontece 27 de setembro, e inclui uma série de palestras realizadas durante todo o mês para sensibilizar a sociedade sobre importância do ato de doar.

Na ocasião, a Igreja do Santo Antônio será iluminada com a cor da campanha. Durante todo o mês de setembro, as fachadas de outras instituições que aderiram à iniciativa a exemplo do Palácio Serigy (sede da Secretaria de Estado da Saúde), Assembleia Legislativa de Sergipe, reitoria da Universidade Tiradentes, entre outros pontos estratégicos, também estarão na cor verde.

“A Central de Transplantes de Sergipe foi criada em maio de 2.000. Nestes 16 anos já foram realizados 1.522 transplantes, em sua maioria de córnea (1.397). O transplante é uma modalidade terapêutica que depende primordialmente do doador. O número de doações, infelizmente, ainda não atende a demanda. Assim, é imprescindível a participação de todo segmento da sociedade, que precisa estar sensibilizada para doar órgãos. A doação é um ato de cidadania e de solidariedade”, explica Benito Fernandez, diretor da Central de Transplantes.

A campanha Setembro Verde acontece em todo o Brasil desde 2015, através da iniciativa da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, visando iluminar os principais monumentos e pontos turísticos das cidades brasileiras com luz verde. “Verde é a cor da esperança e o tema da nossa campanha em 2016 é: Doação de Órgãos – Esperança para quem não tem”, complementa Benito Fernandez.

Doação

A Central Estadual de Transplantes é uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES) que funciona em conjunto com a Organização de Procura de Órgãos (OPO). O serviço é ligado à Central Nacional de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos para agilizar os procedimentos e evitar a perda de órgãos. De janeiro de 2016 até agora, foram 4 órgãos captados e enviados para outros Estados, sendo 2 rins, 1 fígado e 1 coração. 

Já no ano passado, foram 137 transplantes de córnea em Sergipe, com 22 órgãos captados e enviados (12 rins, 4 fígados, 2 corações e 4 valvas) para outros Estados. No ano de 2014 foram realizados em Sergipe 132 transplantes de córnea e captados e enviados 25 órgãos (14 rins, 7 fígados, 3 corações e 1 pâncreas).

Segundo Benito Fernandez, é preciso conscientizar as famílias de potenciais doadores e também profissionais da saúde, para que notifiquem a possibilidade da doação. "O profissional de saúde é quem inicia todo o processo que torna a doação possível através do diagnóstico de morte encefálica. Cabe a família autorizar a doação, que pode salvar a vida de outras pessoas", explica.

O coordenador pontua, ainda, que a morte encefálica é a parada total e irreversível de todas as funções do cérebro. Ele explica que nesse estágio, não há sangue circulante nem atividade e, por conta disso, a pessoa é considerada morta. Somente as pessoas que forem notificadas com morte encefálica e com a autorização da família poderão ter os órgãos doados.

“Para doar órgãos é preciso ter o diagnóstico de morte encefálica. Quando temos um órgão disponível para captação, entramos em contato com a Central Nacional de Transplantes, que envia uma equipe até o Estado para realizar essa captação. Porém ainda há um medo muito grande das pessoas sobre a doação. Por isso é preciso incentivar que as famílias autorizem essa doação”, esclarece.

Fonte: SES