Impasse entre PMA e Sindimed continua e hospitais e unidades de saúde continuam com atendimento comprometido (Foto: Arquivo Infonet)

O Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) anunciou que irá fiscalizar hospitais e unidades de saúde de Aracaju com o objetivo de identificar e denunciar ao Conselho Regional de Medicina aqueles médicos que se submeteram a contrato com a Prefeitura Municipal de Aracaju para atuar no lugar dos profissionais grevistas.

A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta sexta-feira, 10, quando a categoria também decidiu manter a greve, conforme noticiado pelo Portal Infonet. 

O presidente João Augusto Alves comenta que o Sindimed entrou com uma ação no Ministério Público por mau uso do dinheiro. “É um montante de dinheiro que equivale à nossa folha de pagamento. É um modo de contratação ilegal. A partir de segunda-feira, 13, vamos começar uma fiscalização nos postos e hospitais. Vamos pegar os nomes de médicos contratados que estão assumindo o posto dos grevistas e levar ao CRM”, avisa.

O representante do Sindimed descredibiliza ainda os números divulgados pela Prefeitura, que apontam que 53% da categoria aceitaram a proposta de pagamento dos salários de dezembro. “Estes números não são verdadeiros. Se a maioria tivesse aderido à proposta da gestão, o Sindicato não estaria em greve. Cerca de 300 médicos estão paralisados”, relata.

A próxima assembleia da categoria está marcada para o próximo dia 16. Com o impasse, 44 unidades de saúde e 2 hospitais estão com o atendimento prejudicado. A paralisação dura desde o início do ano.

PMA

A Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) garantiu que 226 dos 426 dos médicos, número equivalente a 53% da classe, aderiu à operação de crédito oferecida pela gestão como alternativa ao pagamento dos salários do mês de dezembro. A PMA disse também que a categoria permanece, de forma injustificada, em greve, uma vez que a paralisação se deu justamente para que os salários fossem pagos.

A PMA ressaltou também que acontratação temporária permanecerá enquanto durar a greve dos médicos como medida provisória para evitar a calamidade na saúde pública municipal.

Por Victor Siqueira e Verlane Estácio