Sindimed pede mais segurança após agressões a médicos

Sindicato emite nota em repúdio à segurança nas unidades de saúde (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) emitiu uma nota de repúdio aos órgãos competentes quanto à insegurança nas Unidades de Saúde da Família e Hospital Nestor Piva. O pronunciamento tem como base as agressões sofridas por dois médicos da rede municipal, uma delas no último domingo, 22, no Nestor Piva, e outra na semana anterior. As identidades dos médicos não foram reveladas, mas foi informado que ambos prestaram o Boletim de Ocorrência, assim como recomenda a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Em nota, o sindicato cita uma crescente nos números de agressões e, alegam que os médicos estão isentos de culpa quanto ao gerenciamento das unidades e superlotação das mesmas. “Tais agressões evidenciam a necessidade de punições mais rígidas para tais situações que, a cada dia, se avolumam em nosso Estado. A classe médica, juntamente com todos os profissionais de saúde do estado/município, não possuem condições dignas do seu exercício profissional, e tais condições se agravam diante da falta de segurança, principalmente nos serviços de saúde do SUS. Não são os médicos os culpados pelo caos das unidades , eles também são vítimas de um sistema sem gerenciamento adequado e superlotado”, afirma.

Ainda conforme a nota, o Sindimed pede a Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE) e a Guarda Municipal para que intensifiquem à segurança nas unidades, tanto para bem dos profissionais como da sociedade. “Zelem pela segurança de todos os profissionais, assim como da sociedade, que fragilizada por suas condições de saúde, procuram tais serviços para resolução de suas enfermidades e encontram tais lugares sem quaisquer condições”, pontua.

Secretaria Municipal de Saúde

Procurada pelo Portal Infonet para esclarecimentos, a assessoria de comunicação da SMS afirmou que soube das agressões por meio da nota. Ainda de acordo com o setor, os casos serão devidamente apurados.

Quanto à segurança nas unidades, a Secretaria acrescentou que existem guardas municipais nos hospitais assim como seguranças particulares, estes últimos também presentes nos postos de saúde.

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio