Superintendente do Huse alerta sobre superlotação no PS

Superintendente alega que Huse está superlotado

“Eu gostaria de dar uma boa notícia, mas, infelizmente, estamos superlotados mais uma vez”. Foi com essa afirmação que a superintendente do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), Lycia Diniz, iniciou as diversas entrevistas que concedeu durante toda a manhã desta quarta-feira, 14. Em pauta, mais uma vez, a superlotação do Pronto Socorro da unidade, causada pelo caos na saúde pública do município – que está com os serviços básicos em 44 postos de saúde e Unidades de Pronto atendimento (UPAS), paralisados.

Somente no período de 6 a 13 de dezembro, o Hospital, referência em média e alta complexidade e trauma, recebeu 3.352 pacientes. Desses, 1.220 foi de baixa complexidade, ou seja, deveriam ser atendidos pela rede básica. A superintendente do Huse teme que com a proximidade das festas de final de ano a situação possa ficar ainda pior, e faz um alerta à população.

“Sinto muito ter que falar sobre isso, mas, é para alertar a população de que o Huse não comporta essa superlotação. O Hospital foi feito para ser de urgência e emergência em alta complexidade, no entanto, 86% dos pacientes que chegam à porta são de baixa complexidade. Estou preocupada com as festas de final de ano, pois sempre é um feriado muito movimentado”, explicou Lycia.

A fila estava grande na entrada do Pronto Socorro do Huse. Era a superlotação que, mais uma vez, trazia a baixa complexidade para quem é referência em urgência e emergência. São usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que peregrinaram em busca de atendimento na rede básica do município, mas, sem sucesso. Todos eles tinham o mesmo discurso de falta de atendimento e por isso procuraram o Huse.

O eletricista José Alves, 45, foi a Unidade Nestor Piva e só encontrou uma recepcionista que informou não esta funcionando. Ela solicitou que o usuário procurasse atendimento no Huse. “Assim eu fiz. Infelizmente nossa saúde está um caos. Graças a Deus tive meu problema resolvido aqui no Hospital, já fui medicado e já recebi alta médica”, disse.

O estudante Ronnie Santiago, 37, também buscou atendimento na Unidade Básica de Saúde do seu bairro e não encontrou. Ele estava com dor de cabeça há três dias. “É muito sério depender de um tratamento de saúde e só encontrar dificuldade. Estou tentando um atendimento e só hoje, mesmo com a superlotação, consegui aqui no Huse”, explicou.

A auxiliar de serviços gerais, Maria Emília Santos, 51, se queixava de dores no abdômen. Depois de não ser atendida na Unidade Nestor Piva, ela se deslocou até o Huse. “Imagine quem não tem o dinheiro de uma passagem para ir para outro lugar. Deus queira que a saúde no município melhore, porque do jeito que está vamos morrer”, finalizou.

Greve

Os médicos do município de Aracaju estão em greve e a Secretaria Municipal de Saúde encaminhou a seguinte nota pela dificuldade do atendimento. Segue na íntegra:

"A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que mesmo com a paralisação de profissionais de Saúde, os serviços de saúde não estão totalmente suspensos. De acordo com o diretor de Atenção à Saúde, Murillo Oliveira, a greve afeta mais as unidades de saúde e os dois Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), enquanto que os Hospitais Municipais e os Centros de Atenção Psicossociais (CAPs) são os menos afetados. “Nos Hospitais e nos CAPs, por serem atendimentos de urgência, tem que ter sempre uma equipe mínima trabalhando”, informa.

Nas Unidades de Saúde da Família (USF) da capital, apesar de ser a área mais afetada com a greve, os serviços continuam sendo ofertados, na medida do possível. Em média 30% dos profissionais aderiram, sendo algumas unidades podem ter mais e outras menos profissionais, dependendo de como está a adesão desses profissionais em cada USF, bem como nos  Centros de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) Siqueira Campos e Augusto Franco.

Já nos Hospitais Municipais Fernando Franco (Zona Sul) e Nestor Piva (Zona Norte), está sendo mantido o quantitativo mínimo de profissionais, conforme previsto, e priorizado os casos de urgência e emergência.  Devido à paralisação, o atendimento fica mais lento e restristo em alguns horários"

Fonte: Ascom SES

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