Comissão de Direitos Humanos da OAB esteve no Huse nesta segunda-feira, 10 |
Com o objetivo de conhecer as instalações e o atendimento do maior hospital público do Estado de Sergipe; a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Seccional, por meio da Coordenadoria de Saúde Pública, visitou o Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), na manhã desta segunda-feira, 10.
O diretor-técnico do HUSE, Augusto César Esmeraldo, estava em uma reunião fora do hospital. Antes da chegada dele, o assessor Jurídico do Huse falou, via celular, com a coordenadora de Saúde Pública da CDH, Maria Angélica Resende questionando a legalidade da visita. Sobre isso, a advogada declarou “A Comissão de Direitos Humanos não comunica a fiscalização para que ela possa encontrar a realidade que busca”.
Após esse impasse, o diretor-técnico, Augusto César Esmeraldo e o presidente da Comissão de Ética do HUSE, Rilton Morais, recepcionaram a Comissão. Os advogados tiveram acesso às informações atualizadas da escala de plantão médico, número de vagas e leitos ocupados; além disso, a Coordenadoria de Saúde Pública também conheceu as instalações do Hospital de Urgência, conversou com pacientes e acompanhantes.
Superlotação na ala azul foi constatada |
Para Maria Angélica Resende, a visita mostrou a situação real do HUSE. “Tem muitos pontos positivos, que dá um atendimento ao paciente com bom suporte em determinadas áreas. Mas, ainda há uma estrutura sobrecarregada, sem condições de trabalho, onde faltam materiais básicos e mostra essa nossa política que foi dada para a Fundação Hospitalar de Saúde, que não está dando o suporte esperado. Não se justifica que falte material como álcool, luva, máscara, cobertor, colchões apropriados, além de medicamentos básicos e obrigatórios em uma unidade de saúde”, argumentou a Coordenadora de Saúde Pública.
Entre as irregularidades encontradas, destaca-se a superlotação na área “azul” do hospital, na qual a Comissão presenciou um paciente recebendo soroterapia em pé, fora do local adequado. Além disso, havia pacientes e acompanhantes amontoados no mesmo local.
Huse
Para, o presidente da Comissão de Ética, Rilton Morais, a presença da Ordem foi importante. “A OAB é uma entidade bastante participativa na defesa da sociedade. O que a OAB quer é o que nós também queremos, assim como os funcionários do hospital, como a própria atual gestão do hospital quer que o HUSE funcione. A gente precisa da ajuda das entidades que querem que a saúde funcione. A OAB é muito bem-vinda e vamos ajudá-la em tudo que for necessário para fazer que a saúde funcione”, disse.
Objetivo foi conhecer as instalações e o atendimento |
Augusto César concordou com Rilton. “A Comissão de Direitos Humanos é bem vinda à hora que quiser. Estamos de portas abertas para recebê-los. Precisamos ver a realidade com outros olhos também, estamos aqui em uma luta diária para resolver as pendências do hospital”, ressaltou.
Para o diretor-técnico, o problema da superlotação não se resolve em curto prazo. Segundo ele a superlotação faz com que o HUSE tenha uma demanda maior de tudo: insumos, médicos, equipe, profissionais de enfermagem, que chega a um determinado limite da assistência. “Como o HUSE é um hospital de referência que não pode fechar as portas, o que temos de fazer é estruturar a rede hospitalar para receber pacientes de complexidade menor e restringir o atendimento ao HUSE à pacientes referenciados, que possam vir para cá para receber tratamentos onde só aqui tenha esse tipo de estrutura”, explicou Augusto César Esmeraldo.
Sobre a ligação do setor jurídico do HUSE, Esmeraldo afirmou “Não conversei com ninguém. Quando falaram que era a Comissão e a doutora Maria Angélica, que conheço de várias audiências com o Ministério Público, lutando pela Saúde como lutamos, não questionei em momento nenhum. Eu, como diretor-técnico, estou aqui de portas abertas. Eu sou responsável técnico do hospital, não preciso consultar outras pessoas para o que vou falar, se eu estou respondendo pelos problemas do hospital, vou responder dentro das coisas que estou brigando para melhorar”, enfatizou.
Encaminhamentos
A Comissão de Direitos encaminhará relatório ao Conselho Seccional para cobrar ações dos órgãos competentes e mostrou-se também solidária com a direção-técnica do hospital.
Fonte: OAB/SE
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