Suspeitos são indiciados e materiais recuperados no Huse

Coletiva foi realizada nesta quarta-feira, 19 (Foto: Portal Infonet)

Cerca de 11 mil luvas e mil folhas de papel ofício foram recuperados pela polícia e entregue ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). A operação desencadeada pela 8º Delegacia, tendo a frente o delegado Cristiano Barreto, desarticulou um trio suspeito de ter furtado materiais hospitalares de dentro do almoxarifado do Hospital de Urgência.

O trio foi indiciado por crime de peculato e era composto pelo almoxarife Wincler Maxwell Vasconcelos Santos, 21 anos, com a ajuda do vigilante Alexsandro Messias dos Santos e pelo ex-funcionário do Huse, Cleiton Santos Ribeiro, 24 anos. Segundo a polícia, o inquérito policial esta sendo remetido ainda nesta quarta-feira, 19, ao fórum para apreciação do representante do MPE.

Segundo a polícia, os materiais apreendidos seriam comercializados em salões de beleza e clínicas.

Suspeita

Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 19, a superintendente do Huse, Lycia Diniz, informou que a direção do hospital entrou em contato com a polícia, após constatar o frequente sumiço de materiais na unidade.

“Há cerca de três meses, achamos que estavamos usando excessivamente luvas dentro do hospital e a gente pediu um curso de EPI [Equipamento de Proteção Individual] para Dra Isa que cuida do centro de infecção. O curso era para os funcionários e visava evitar o desperdício. Mesmo depois do curso a gente começou a perceber que não melhorou. Começamos a perceber com imagens das câmeras movimentos diferentes, focamos nisso e percebemos o furto no almoxarifado e entramos em contato com a polícia”, conta.

Ação

A investigação ficou a cargo do delegado da 8ª DM, Cristiano Barreto. De acordo com o delegado, o vigilante facilitava a saída dos materiais do almoxarifado. O delegado disse, durante a coletiva, que Maxwuel Vasconcelos Santos, que era o funcionário que trabalhava na ativa no almoxarifado, teria sido associado pelo Cleiton Santos Ribeiro para que realizasse esses desvios de mercadoria. O material seria revendido e dividido a quantia.

"O cleiton quando foi interrogado, confessou a prática do crime e se prontificou de restituir o material que ainda estava em seu poder. O Cleiton usava o carro da mãe, um veículo Astra e ele retirava os bancos traseiros para ter mais espaço para transportar o material. Já o vigilante era sempre a mesma pessoa que ficava responsável pela guarita de acesso do almoxarifado e os desvios sempre ocorriam no turno de trabalho que ele estava de serviço. Isso nos chamou atenção porque uma das imagens mostravam o Cleiton passando as luvas para o Maxwuel na frente do próprio vigilante, sem que ele tomasse qualquer tipo de providência e as informações trazidas por ambos, é que ele [vigilante] recebia uma quantia para poder facilitar e deixar o material sair”, conta.

Confissão

Ainda segundo o delegado Cristiano Barreto, os suspeitos confessaram a prática do crime e informaram ter tido dificuldades de comercializar o material furtado. “Eles confessam a participação no crime. Não temos como mensurar o preço do material. Esses materiais estavam acondicionado em uma chácara de propriedade da avó de um dos envolvidos, do Cleiton. Ele informou que pelo material ter uma assinatura do Ministério da Saúde, encontrou uma dificuldade de revender o material”, informa.

Por Aisla Vasconcelos

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