Hélio Alves: "eu só disse que achava que ela estava morta" (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Uma senhora passa mal em casa e a família passou por grandes transtornos e constrangimentos para conseguir o atestado de óbito. Ela foi assistida, ainda com vida, apenas pela família e pelo motorista de uma ambulância da prefeitura de Cedro de São João que a transportou até o hospital regional de Propriá, onde uma médica apenas encaminhou a paciente para Aracaju, entendendo, com base nas informações do motorista, que a paciente já estava em óbito.
A denúncia vem da própria família da paciente, identificada como Enedite Morais [uma senhora, que sempre se recusou a informar a idade e a família mantém o sigilo em respeito à memória dela]. “No hospital, a médica nem olhou para minha irmã. Apenas fez o encaminhamento para o SVO, sem saber se realmente ela estava morta”, conta a autônoma Elenice Campos, conhecida como Lena, 40, irmã da paciente, que veio a óbito em horário ainda desconhecido.
De acordo com Lena, a irmã passou mal por volta da meia noite e meia desta segunda-feira, 14, na própria residência, em Cedro de São João. “Quando cheguei, ela estava caída em casa e o motorista da ambulância veio para a gente levar para o hospital”, disse Lena. “Lá em Cedro não tem médico de plantão, então o motorista levou para o hospital regional de Propriá”, comentou. “Eu só fiz dizer que achava que ela estava morta”, comentou o motorista Hélio Alves, condutor da ambulância, que passou toda a madrugada dirigindo.
Irmã exibe o encaminhado dado pela médica |
Assim que recebeu a orientação para encaminhar o cadáver para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), a irmã e o motorista da ambulância seguiram com a paciente para Aracaju, onde chegaram às 2h40, segundo informações de ambos. “E ainda encontramos dificuldade para encontrar o endereço”, lamenta a irmã. “Fomos no Hospital João Alves [o Huse], depois fomos para o IML e só depois de rodar muito tempo, conseguimos chegar”, disse Lena, que só veio ser atendida depois das 8h.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde informou que o procedimento não poderia ser diferente e orienta às famílias para, nestas circunstâncias, ficar com o corpo porque o SVO tem horário de funcionamento definido: das 8h às 17h. A assessoria também revelou que o procedimento no hospital foi correto porque as unidades de saúde não recebem paciente em óbito.
Por Cássia Santana
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