Técnicos da SES se reúnem para tratar sobre o Ebola

(Foto: Ascom SES)

Após todo o pânico causado pelo rumor que um paciente chileno estava com suspeita de Ebola no município de Rosário do Catete e a confirmação de que o caso foi caracterizado como 'Falso Suspeito', a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu nesta segunda-feira, 03, a equipe técnica para fazer uma análise sobre todo o protocolo seguido no último final de semana desde a negativa da suspeita e também a verificação do segmento do caso que, segundo o protocolo a seguir de doenças diarreicas, foi encaminhado para tratamento no Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro.

Estiveram presentes representantes das Diretorias de Vigilância Epidemiológica, de Atenção Integral à Saúde (Dais) e de Atenção Hospitalar, do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS), da Central de Regulação, da Rede de Urgência e Emergência, do Samu 192 Sergipe e do Centro de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse).

"Mesmo com toda proporção que ocorreu, a equipe da SES se envolveu prontamente e as condutas foram aplicadas em tempo hábil, obedecendo todos os protocolos do Ministério da Saúde. Mesmo com a SES se posicionando e tranquilizando imediatamente que o caso não era considerado como suspeito, a postura pela parte do município de Rosário do Catete não foi mudada de imediato. A conduta de isolamento da Clínica permaneceu e precisou da intervenção do Ministério. Todas as áreas da SES se envolveram para desconstruir o pânico", esclarece Giselda Melo, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES.

"O Estado de Sergipe foi amplamente proativo. Como a suspeita do paciente estar com Ebola foi descartada de imediato, não foi necessária que a remoção ao Hospital Regional de Socorro fosse feita pelo Samu, que possui protocolo para a remoção de pacientes suspeitos por Ebola. Uma vez que foi descartado e por se enquadrar em outra situação de saúde, não tinha necessidade do Samu. Atendemos prontamente à demanda de Rosário do Catete e solicitamos o encaminhamento do caso para o CIEVS, conforme definido em protocolo pactuado e repassado para os gestores das unidades. Ontem, estivemos pessoalmente com o paciente e todos os exames apontam para outro diagnóstico, que seria dengue. A SES está assistindo e monitorando momento a momento este paciente', explica Márcia Guimarães, diretora de Atenção Hospitalar da SES.

Aprimoramento e atenção triplicada

Desde o último mês de agosto, Sergipe vem aprimorando o Plano de Contingência orientado pelo Ministério da Saúde e, desde então, vem realizando encontros frequentes através de vídeo-conferências com representantes do Estado, Municípios e Governo Federal para tirar todas as dúvidas sobre os protocolos que deverão ser utilizados em casos, de fato, suspeitos de Ebola.

"A possibilidade de Sergipe registrar um caso suspeito da doença é muito remota. Mesmo assim, todos os profissionais da rede hospitalar e de urgência e emergência precisam saber como agir em casos suspeitos analisando o perfil epidemiológico e geográfico. Os casos suspeitos são aqueles vindos até 21 dias de um dos países africanos com a epidemia (Guiné, Serra Leoa e Libéria) e que apresentam febre súbita, podendo ser acompanhada de hemorragia, vômito e diarreia. O profissional de saúde de qualquer unidade suspeitando do caso, isola preventivamente o paciente e entra em contato imediato com o CIEVS que, junto com o Ministério da Saúde, avalia se o caso de fato é suspeito. Com a confirmação, o paciente será transferido para o Huse (que é a unidade referência para casos de Ebola em Sergipe) ou direto para o Rio de Janeiro, o que será definido pelo próprio Ministério da Saúde", explica Daniela Pizzi, coordenadora do CIEVS da SES.

A coordenadora ressalta ainda que "toda a rede hospitalar já recebeu uma cópia do Protocolo de Vigilância e Manejo dos Casos Suspeitos de Doença pelo Vírus Ebola. Os profissionais precisam compreender que não é porque o paciente é africano ou que esteve com algum africano, que pode estar com Ebola. É preciso ter muito cuidado na disseminação das informações para não gerar preconceito e que uma outra situação de pânico não surja".

Ainda na reunião desta segunda-feira, algumas diretrizes foram acordadas. Serão intensificadas visitas do CIEVS e da Coordenação Hospitalar de Urgência e Emergência nas unidades para reforçar a orientação aos profissionais, a verificação de disponibilidade do protocolo e do fluxo nas salas de acolhimento e de atendimento médico. Serão, também, definidas três equipes matriciais que serão capacitadas exclusivamente para atuação em casos suspeitos por Ebola.

Foi reafirmado, ainda, que o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) é a referência estadual para casos suspeitos e confirmados. Nele, o paciente será assistido até a remoção para o hospital de referência nacional, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. A transferência local será feita pelo Samu e a transferência para o Rio de Janeiro será operada pelo Ministério da Saúde.

"Não há nenhum caso suspeito de Ebola no país, muito menos em Sergipe. Mesmo assim, não medimos esforços, junto com o Ministério da Saúde, para orientar aos profissionais para que, se realmente houver um caso suspeito da doença, estejamos sempre preparados para identificar e garantir a assistência ao paciente. Sergipe tem capacidade para realizar todos os primeiros procedimentos até encaminhá-los até a unidade de referência nacional. Estamos nos reunindo semanalmente com o Ministério para aprimorar todas as nossas diretrizes e não vamos parar. Lamentamos sobre o pânico desnecessário que se alastrou em nosso Estado e tranquilizamos aos sergipanos que estamos sempre prontos, com uma equipe proativa e preparada", garante a secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva Santos.

Ascom SES

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