Tenda permanece no Huse até o fim da greve dos médicos

Tenda está montada na parte externa do Huse
(Foto: Portal Infonet)

A estrutura de lona montada na parte externa do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), utilizada desde o início da manhã desta segunda-feira, 24, para os atendimentos médicos de baixa complexidade, será desmontada assim que os médicos do município de Aracaju encerrarem a greve. A informação é da secretária de Estado da Saúde, Conceição Mendonça. Pela manhã, o secretário de Comunicação de Aracaju, Carlos Batalha, chegou a categorizar a iniciativa como um 'espetáculo midiático'. Nesta tarde, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) convocou uma coletiva de imprensa para explicar a situação.

Conforme a superintendente do Huse, Lícia Diniz, nos últimos 15 dias o número de pacientes que procuraram o hospital foi maior do que se está habituado, e mesmo sem precisar a quantidade de atendimentos, a gestora afirmou que 87% destes pacientes poderiam ser atendidos em unidades da rede básica de saúde. “Em número absoluto, 87% desses pacientes que se dirigiram à ala azul, na triagem, foram enquadrados como pacientes de baixa complexidade [atendimentos simples]. Com essa situação, na semana passada, por exemplo, 65 pacientes já atendidos pelo médico ficaram esperando medicação”, informou.

Secretária e outros convidados participarem de coletiva

Já Conceição Mendonça, representante da SES, revelou que esses mesmos pacientes chegavam a esperar em torno de 8h para receber os medicamentos receitados pelo médico. “Aqueles de baixa complexidade, ou seja, que estavam com dores, diarreia, vômito, estavam aguardando até por 8h no Huse. Nós tínhamos que tomar uma conduta responsável. Se existe um movimento grevista na rede básica, precisamos enquanto autoridade sanitária, ter estratégia, comando, controle, ética e responsabilidade para proporcionar integralidade de assistência. Com a tenda, os pacientes realizam a triagem, e mediante classificação de risco, aqueles que são enquadrados em atendimentos simples são encaminhados à tenda”, explicou a secretária.

Conforme a SES, a tenda tem capacidade para acolher 20 pacientes de uma só vez, e um total em torno de 400 a 500 para cada turno de 12h. Conceição informou ainda que o tempo médio de atendimento caiu de 8h para 30 minutos. A tenda, que foi emprestada pelo 28º Batalhão dos Caçadores, também está sob uma rotatividade de profissionais. “Definimos um plano de rotatividade entre quatro profissionais por vez, onde enfermeiros e técnicos ficam na tenda, e os médicos seguirão normalmente no Huse”, detalhou Lícia Diniz.

Prefeitura de Aracaju

Tenda foi alvo de polêmica entre Prefeitura e Governo

Pela manhã, em coletiva de imprensa com a presença de secretários de diversas pastas da gestão municipal, o secretário municipal de Comunicação Social, Carlos Batalha, categorizou a ação da SES como ‘espetáculo midiático’. Batalha apontou a superlotação do Huse reflexo dos problemas nas unidades básicas de diversos municípios do interior, e não somente de Aracaju. Por fim, o secretário contou que as unidades de saúde de Aracaju, a exemplo da Fernando Franco e Nestor Piva, sempre estiveram funcionando, apesar do número de atendimentos reduzidos.

Por Ícaro Novaes  e Verlane Estácio

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