Terceirizados da saúde podem paralisar serviços

Trabalhadores querem a garantia de direitos (Fotos: Portal Infonet)

Uma quarta-feira, 30, que antecede ao Dia do Trabalhador de protestos na capital sergipana. Logo cedo, na porta da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, terceirizados alegaram que podem paralisar as atividades caso a empresa M. de S. HARB continue descumprindo os acordos trabalhistas.

De acordo com Adelmo Lima Santana, os trabalhadores não podem contar com os direitos de qualquer trabalhador, como o deposito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “Fui afastado por problemas de saúde e ao consultar o meu FGTS nada constava. Ao procurar a empresa, mesmo o médico do trabalho me afastando após a perícia, fui informado que se quisesse poderia esquecer tudo e voltar ao trabalho”, denuncia.

Os terceirizados ressaltam ainda que a empresa atrasa os salários e não assiste os trabalhadores que sofreram acidentes durante o expediente. Os trabalhadores alegaram ainda que a empresa diz que a FHS repassa com atraso.

Contracheque mostra que o FGTS é descontado, mas não é depositado

FHS

A assessoria de comunicação da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) encaminhou na tarde desta quarta-feira, 30, nota ao Portal Infonet.

“Com relação às denuncias realizadas na manhã desta quarta-feira por funcionários da referida empresa, a Fundação Hospitalar de Saúde esclarece que a empresa participou de processo licitatório o qual saiu vencedora. No ato de assinatura do contrato, comprovou com documentação exigida pela Lei 8.666, que rege os processos públicos de licitação, estar apta a prestar os serviços. Os repasses têm sido feitos normalmente. A empresa realizou negociação com refinanciamento dos encargos, a exemplo do FGTS, tornando-se adimplente. Em todos os pagamentos realizados por parte da FHS à empresa, a mesma apresenta as certidões necessárias para liberação do repasse. Por lei, se algum funcionário for desligado a empresa é obrigada a antecipar todos os recolhimentos deste, independente do refinanciamento”, esclarece a nota publicada na íntegra.

Por Kátia Susanna