Trabalhadores do Estado param serviços de saúde

Servidores se concentram na Tancredo Neves (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Os servidores da área de saúde cruzaram os braços nesta quarta-feira, 25, em paralisação de advertência em defesa da implantação de um plano de cargos e vencimentos que atenda aos interesses de todas as categorias vinculadas à Secretaria de Estado da Saúde.

Nesta quarta-feira, 25, os serviços foram paralisados parcialmente em alguns setores, como forma de evitar transtornos no atendimento à população, mas a sindicalista Samanta Bicudo, membro do Comando Unificado de Mobilização dos Servidores da Saúde, informa que haverá controle rigoroso a partir de triagem criteriosa para limitar o atendimento a apenas aos casos de urgência e emergência. Ou seja, só serão atendidos os casos graves que apresentam riscos de morte.

Dentro deste critério, estão paralisadas 50% das atividades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192 (Samu) e 70% dos serviços no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). No hospital, o atendimento à emergência e à urgência está assegurado em 100%, segundo os coordenadores do movimento.

Smanta Bicudo: triagem criteriosa para atender urgência e emergência

Na manifestação, os sindicalistas denunciam perseguição aos servidores. “Aqueles que reivindicam são perseguidos indiretamente: há troca de setores, encontram dificuldades para trabalhar… Enfim, o servidor, de forma geral, não pode reivindicar porque acaba marcado e visto como um mau profissional e isto é perseguição”, analisa Bicudo. “Com isso, os servidores têm medo de participar de nossas manifestações”, complementa a sindicalista.

Novas mobilizações

A paralisação desta quarta-feira, 25, é de advertência e terá duração de 24 horas. No primeiro momento, os manifestantes se concentraram em frente ao Huse, onde interromperam o tráfego de veículos de forma alternada de acordo com a sinalização semafórica daquela avenida.

SMTT acompanha manifestação

A manifestação foi acompanhada por agentes de trânsito da Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) de Aracaju, que deslocou quatro agentes para fazer o monitoramento na região. “A gente lamenta [a interrupção do trânsito], principalmente nesta artéria da cidade, no pior horário no qual as pessoas que vêm da Grande Aracaju estão chegando na capital a serviço e usam esta via”, considerou o supervisor de trânsito da SMTT, Haroldo Cardoso.

Da frente do Huse, os manifestantes seguem em passeata com o objetivo de fazer uma nova concentração em frente à Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, onde denunciam precariedade do atendimento e protesto contra a superlotação e à incidência de óbitos naquela unidade.

Na quinta-feira, 26, os serviços voltarão à normalidade. De acordo com informações dos organizadores do movimento, no dia 31 de julho, o secretário Sílvio Santos, da Saúde, se comprometeu a atender representantes do movimento unificado e, no dia 2 de agosto, haverá assembleia geral para avaliar os entendimentos decorrentes da reunião com o secretário.

Servidores fazem panfletagem na Tancredo Neves

Na assembleia geral, dependendo dos entendimentos, os servidores avaliarão a possibilidade de uma mobilização maior, com indicativo de uma greve geral ainda no mês de agosto.

Por Cássia Santana

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