Transplantados lamentam falta de remédio que evita rejeição de órgãos

O remédio é um imunossupressor e serve para evitar a rejeição de órgãos transplantados (Foto: Ascom/CES)

O Conselho Estadual de Saúde (CES/SE) denuncia a falta de um medicamento essencial para o tratamento pós-transplante, o ‘Tacrolimo’. Segundo informações do presidente do CES, Eduardo Gomes Ramos, o remédio é um imunossupressor e serve para evitar a rejeição de órgãos transplantados.

Ainda segundo Ramos, muitos pacientes vivem angustiados sem a certeza da chegada do medicamento (Foto: Ascom/CES/SE)

“Infelizmente a falta desse mediamente se tornou algo constante. É um remédio de suma importância para as pessoas que realizaram transplantes. Sem ele, o organismo pode rejeitar o órgão que foi transplantado. É algo muito sério”, lamenta Eduardo Ramos, presidente do Conselho.

Em reunião, em conjunto com alguns transplantados realizada na manhã desta terça-feira, 15, Eduardo Ramos, destaca que muitos pacientes vivem angustiados sem a certeza da chegada do medicamento. “O Ministério da Saúde é quem faz o repasse para a SES [Secretaria Estadual de Saúde]. Só que esses repasses têm demorado muito e com isso muita gente fica sem tomar a medicação”, explica. “O Ministério nos deu uma previsão para a primeira semana de janeiro”, diz Ramos.

Transplantado há 5 anos, Elves Cavalcante conta que ficar sem a medicação é um risco extremo (Foto: Ascom/CES/SE)

Transplantado há 5 anos, Elves Cavalcante conta que ficar sem a medicação é um risco extremo. “O pessoa pode perder o órgão. É alarmante. Depois de tantas dificuldades para conseguir um doador, a gente pensa que o sofrimento acaba depois do transplante. Mas sem o remédio, esse sofrimento pode ser ainda pior”, diz.

Elves explica que a dosagem do remédio varia de pessoa para pessoa. “Eu felizmente tomo dois comprimentos por dia. Mas há pessoas que precisam de quatro ou até mais. Cada caso é diferente”, afirma. Ainda segundo ele, em muitas oportunidades já doou um pouco de seu medicamento para outras pessoas. “Como eu tomo poucos comprimidos, posso dividir. Já doei para muita gente. Pessoas ficam angustiadas, desesperadas sem esse medicamento”, desabafa.

O Portal Infonet entrou em contato com o Ministério da Saúde. Segundo a Assessoria de Comunicação da pasta, era necessário encaminhar ao órgão um e-mail com a demanda solicitada; o que fizemos. Mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno. Estamos à disposição através do e-mail: jornalismo@infonet.com.br ou telefone (79) 9640-9642.

por João Paulo Schneider 

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais