(Foto: Ascom SES) |
A Tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Micobacterium tuberculosis, que é transmitida por pacientes (que não estão em tratamento) ao espirrar, tossir ou através de aerossóis que penetram nas vias aéreas das pessoas sadias. A forma de maior relevância da doença é a Tuberculose Pulmonar, que representa 80% dos casos. Porém, ela pode ser considerada ‘extrapulmonar’, acometendo qualquer órgão do corpo.
De acordo com a enfermeira Maria Heide Mesquita, responsável técnica do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde (SES), para o diagnóstico precoce da doença, qualquer pessoa que apresente tosse por três ou mais semanas (sintomas respiratórios) precisa passar pela investigação para tuberculose através do exame de escarro ou Baciloscopia. Os que apresentam tosse seca, devem fazer um Raio X.
“Em uma fase mais avançada da doença, outros sintomas estão presentes como: febre baixa geralmente ao entardecer, suor noturno excessivo, cansaço, dor no peito, falta de apetite, perda de peso e escarro com sangue. A Tuberculose tem cura. O tratamento é gratuito, tem duração de seis meses e todos os medicamentos são fornecidos pelo Ministério da Saúde. Quando não tratada corretamente, pode favorecer a manutenção da cadeia de transmissão e levar o paciente a óbito”, destacou Maria Heide.
Segundo a responsável técnica, as ações de busca, diagnóstico, notificação/investigação, de exames de comunicantes, tratamento, acompanhamento e de encerramento dos casos de Tuberculose Pulmonar, são consideradas como atendimento primário.
“Ou seja, são de responsabilidade municipal sendo realizadas em Unidades Básicas de Saúde (USB) ou Clínicas de Saúde da Família (CSF) mais próximas da residência do paciente. Já os casos extrapulmonares, pulmonares que apresentem complicações e resistências medicamentosas devem ser encaminhados para o Centro de Referência de Tuberculose que fica no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar – Siqueira Campos)”, complementa a enfermeira.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sergipe contabilizou 628 casos novos de Tuberculose no ano de 2013. Em 2014 ocorreram 643 casos e nos primeiros meses de 2015 foram registrados 82 novos casos.
Maria Heide destaca ainda que a identificação dos casos da doença em Sergipe se dá pela intensificação da busca dos sintomas respiratórios, pelo desenvolvimento de estratégias de conscientização junto à população e pela realização de visitas nas residências.
“Essas ações estas executadas pelos profissionais de saúde nos municípios, o que fortalece as Políticas de Controle da Tuberculose. A SES presta apoio técnico aos municípios, distribui os medicamentos para toda rede de saúde, realiza monitoramento e avaliação das ações de controle da doença, trabalha em conjunto com o Laboratório Central (LACEN) e o Centro de Referência, e sempre realiza capacitações para que os profissionais de saúde se atualizem em relação à doença e possam ofertar o tratamento correto aos pacientes”, enaltece Maria Heide.
Em Aracaju, está em fase de implantação o Teste Rápido Molecular para Tuberculose. Realizado através do escarro, ele permite o diagnóstico da doença em até duas horas, tem sensibilidade de 94% para identificar a Micobacterium tuberculosis (enquanto a Baciloscopia tem sensibilidade de 70%), além de identificar se o bacilo é resistente à Rifampicina, o principal medicamento usado para tratamento dessa doença.
“O Ministério orienta que ainda seja feita a cultura e o teste de sensibilidade para identificar possíveis resistências a outros medicamentos do esquema básico. Os técnicos do Programa Nacional de Controle de Tuberculose capacitaram os profissionais de saúde da capital”, complementa a responsável técnica.
Fonte: Ascom SES
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