O mês de março traz um alerta para humanos e também para os animais: o risco da doença renal crônica, que ocorre quando o rim perde a capacidade de exercer suas funções. A doença, que é muito comum em felinos independente da idade e do sexo, geralmente progride de forma lenta e irreversível.
De acordo com a médica veterinária especialista em felinos e diretora clínica da Toca dos Gatos, Candice Garcia, o gato tem uma tendência muito grande a ter doença renal porque é uma espécie que não consome muita água.
“Antigamente a gente dizia que era uma doença de gato idoso, mas hoje não. Tem gatos novos, com um, dois, cinco anos, que já têm problema renal e atinge tanto o macho quanto fêmea em qualquer idade”, disse.
Segundo a especialista, em alguns casos a perda de função é temporária e a doença renal é classificada como aguda, mas, dependendo do tempo e extensão da lesão renal aguda, o rim pode ter perda e comprometimento permanente, levando a doença renal crônica.
“O rim vai perdendo a função de concentrar a urina, de filtrar o sangue e uma vez que a doença renal crônica é diagnosticada normalmente não tem mais volta. A gente tem um controle, mas, uma vez diagnosticada, o gatinho vai precisar conviver com o problema”, detalhou a veterinária.
Sintomas e diagnóstico
Sobre o diagnóstico de problemas renais em felinos, a diretora clínica da Toca dos Gatos explica que é imprescindível que seja feito por um veterinário a partir da análise de exames clínicos e laboratoriais. O início da doença não tem sinais claros, mas entre os mais comuns estão o emagrecimento, a falta de apetite, vômito, fraqueza e a perda de massa muscular.
“Nós realizamos uma série de análises, como medição das enzimas renais, que são a ureia e creatinina, ultrassom para ver a imagem do rim, o exame de urina e também de pressão arterial. O interessante é a gente prevenir e diagnosticar porque quando ele apresenta sinais a doença já está muito avançada. O ideal é a gente estar sempre prevenindo e não tratando”, orientou.
Tratamento e prevenção
Ainda segundo a médica veterinária Candice Garcia, a doença real crônica tem quatro estágios e o tratamento depende de qual fase ela se encontra. “Alguns requerem medicamentos, alguns estágios requerem uma ração específica ou outras terapias. Mas vai depender muito da fase em que a doença renal se encontra”, disse.
Para melhorar a qualidade de vida do gatinho renal crônico, o tutor precisa estimular a ingestão de água e de alimentos. “É preciso manter esse gatinho hidratado, estimular o apetite para ele não parar de comer, para manter a pressão arterial regular, mantendo a urina com uma concentração ideal também”, destacou.
Ainda sobre a hidratação, a especialista em felinos pontua que ela é a principal forma de prevenir problemas renais nos gatinhos. “Os gatinhos são uma espécie que não bebe muita água, então precisamos ter outras alternativas. Uma delas é o sachê, que eles podem comer todo dia, sem problema nenhum, muito pelo contrário, só traz benefícios. A gente indica também para estimular a ingestão de água as fontes, como aqueles chafarizes que imitam a água corrente. Os tutores também podem espalhar vários potes pela casa porque o gato é preguiçoso também para beber água. Então se tiver um pote do lado dele, ele bebe. Se não tiver ele não vai se levantar para ir beber ”, orienta Candice Garcia.
Além disso, os tutores não podem esquecer das consultas e dos exames anuais preventivos. Elas são essenciais para prevenir e diagnosticar precocemente não só doenças renais, mas diversos outros problemas de saúde.
“Se a gente descobrir o quanto antes, o quanto antes a gente consegue manter o gatinho num estágio em que os sintomas não se agravem tanto e ele não tenha todas as consequências da doença renal crônica ou de outra doença”, finalizou a especialista.
Sobre a Toca dos Gatos
Única clínica exclusiva para felinos em Sergipe, a Clínica Toca dos Gatos – fundada e capitaneada pela veterinária Candice Garcia – fica na Avenida Acrísio Cruz, nº 90, bairro Salgado Filho, em Aracaju, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 20h. A clínica também oferta o serviço de internamento e possui laboratório próprio, sendo referência na medicina felina no estado.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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