UPA: Médicos do Município fazem ato contra sucateamento

"As unidades estão sucateadas" João Augusto (Foto: Portal Infonet)

Médicos que atuam na rede municipal da saúde denunciam sucateamento nas UPAS Unidades Nestor Piva e Fernando Franco. Na manhã desta terça- feira, 15, os profissionais realizaram um ato público em frente ao Nestor Piva para, segundo eles, denunciar o “descaso da Prefeitura de Aracaju” para com o funcionamento das unidades.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe, João Augusto, os médicos estão trabalhando sem os insumos básicos para prestar atendimento aos pacientes. Para João Augusto, “a gestão pública abandonou a saúde, esperando a gestão particular”. O médico se refere às Organizações Sociais (OS), pleiteada para gerir a saúde do município.

Ainda segundo João Augusto, faltam materiais como, luvas, agulhas, gases, antibióticos, analgésico, antitérmicos e antinflamatórios, prejudicando sensivelmente o acesso a um atendimento digno, sem falar na escala médica incompleta.

“Este ato é para chamar atenção da sociedade pela situação que a gente já sabia que ia se manter. É preciso uma postura mais forte administrativa da gestão para que essa situação não piore ainda mais. Estamos em assembléia com indicativo de paralisação para chamar atenção da sociedade para o risco eminente, pois muitos serviços estão sem serem prestados porque não tem material, os médicos estão na escala, mas não tem material para trabalhar e os médicos não vão querer vir porque ninguém vai querer colocar seu exercício profissional em risco porque se tiver dano ao paciente o primeiro a ser responsabilizado será o médico”, alerta.

Interdições

De acordo o diretor do Sindimed José Carlos Spina, após uma nova vistoria feita nas Unidades, um relatório será elaborado e enviado ao Conselho regional de Medicina e ao Ministério Público Estadual (MPE). O objetivo é pedir uma nova interdição nas duas Unidades. “O oficio será feito para o CRM para ver se interdita novamente as UPAs. Uma nova assembléia já está agendada para o dia 7 de maio às 14h, na Sede do Sindimed. A pauta será a avaliação das negociações 2014 com Prefeitura e avaliação da resposta do CRM e do Ministério Público em relação aos ofícios e   indicativo de paralisação”, diz.

SMS

A secretaria municipal de saúde (SMS) nega que a gestão abandou as Unidades de Pronto Atendimento, por causa das Organizações Sociais (OS´s). “Estamos fazendo todos os esforços para comprar os materiais que faltam. Os médicos podem ter conhecimento dos processos de licitação para ver o que estamos fazendo para não deixar a população desassistida. A burocracia atrapalha o trabalho, pois a dificuldade para se comprar qualquer produto pelo processo público é muito difícil. São problemas que acontecem no dia a dia, que dificultam o recebimento desses medicamentos. A média de gasto das duas Upa´s são de R$2 milhões e o município recebe R$300 mil. Isso causa diversas impossibilidades”, diz a Secretaria, através de sua assessoria.

Licitação

Segundo a Secretaria, o setor jurídico está estudando uma forma de punição para as empresas que se negam a entregar as mercadorias, não participem mais das licitações.

Por Eliene Andrade

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