A urgência pediátrica do Hospital e Maternidade Santa Isabel está lotada e os leitos da enfermaria já estão preenchidos. A informação é da assessoria de comunicação da instituição ao acrescentar que o atendimento da urgência pediátrica permanece restrito.
Desde o último final de semana o atendimento está restrito, e as crianças estão passando pela triagem, onde é feito o acolhimento e a classificação de risco de cada paciente. Aquelas crianças com quadro clínico sem gravidade, que se encaixam na classificação verde, estão sendo medicadas e observadas por uma enfermeira da triagem fora do hospital. Caso a enfermeira perceba que o quadro foi agravado, é feita a reclassificação do estado de saúde.
A merendeira Edsônia Teixeira está com as duas filhas doentes, uma com 10 meses de vida e a outra com 10 anos, frequentando o hospital e tendo dificuldade para ser atendida desde a última sexta-feira, 5. Ela conta que há mais de uma semana as crianças apresentam sintomas como febre alta e dores estomacais, mas recebem apenas medicamentos que servem como paliativos e voltam para casa. “Eles dão um paliativo e mandam pra casa ou falam que não tem condições de atender todo mundo. Me falaram que no João Alves estão atendendo, mas eu fico vendo todo mundo indo pra lá e prefiro ficar aqui”, conta Edsônia.
Algumas mães informam que grande parte das crianças nem chegam a ser atendidas, como no caso da técnica de enfermagem, Leilane Oliveira. “Eu cheguei e nem me perguntaram o que minha filha estava sentindo, simplesmente me falaram que a urgência estava com atendimento restrito, que poderiam até fazer a ficha dela, mas sem previsão de atendimento. Falaram que crianças que vieram ontem não foram atendidas ainda por conta de quatro crianças que estão em estado grave”, diz.
De acordo com a assessoria de comunicação do hospital o atendimento não está parado e sim restrito, que é o que acontece quando há superlotação no hospital. Embora o quadro médico esteja completo, ainda assim, a grande quantidade de pacientes tem dificultado o atendimento. A informação recebida é de que o atendimento lento é explicado aos responsáveis por crianças da classificação verde e eles decidem se continuam aguardando ou se seguem para outro hospital.
A assessoria informou também que no período entre abril e agosto a superlotação acontece, geralmente, pela chegada de pacientes com problemas respiratórios. Será feita uma reunião ainda nesta terça-feira, 9, para discutir alternativas que permitam o atendimento de um maior número de crianças.
por Juliana Melo
A matéria foi alterada às 08:55 do dia 10/04/2019 para correção de termos técnicos da saúde.
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