A chegada do período chuvoso é um momento propício para a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da Dengue.
Dados do Ministério da Saúde, apontam que o Brasil já registrou, desde o início do ano, 3.062.181 casos da doença. Sergipe permanece com tendência de aumento no número de casos.
Com isso, o uso de mecanismos que crie barreiras para expulsar o mosquito é essencial para a proteção da população, como o uso de repelentes.
Para orientar e esclarecer as dúvidas do público, o Portal Infonet, conversou com a médica dermatologista Thâmara Morita, que ressaltou a importância do repelente. “O uso do repelente é necessário principalmente na época em que há um aumento de chuvas. Há dados mostrando que há um aumento de casos nesse período do ano. Então, é por isso que a gente precisa usar o repelente para proteger todas as doenças que são transmitidas por mosquitos,” explica.
Há diversos tipos de repelentes no mercado, entre eles, o spray, gel e loção cremosa. Segundo Thâmara Morita, todos eles tem a mesma eficiência na proteção da picada do mosquito, mas é preciso atenção sobre o uso. “O que a gente precisa ficar em alerta é a substância e concentração porque isso vai de acordo com a faixa etária para o uso do repelente e quanto tempo o repelente precisará ser reaplicado… Então, é com base no princípio ativo e na concentração que a gente vai precisar observar o tempo de reaplicação”, alerta a dermatologista.
Orientações sobre o uso de repelentes para crianças
– Para crianças de 2 a 7 anos:
Icaridina, de 20 a 25%: proteção de até 10 horas, aplicação até duas vezes ao dia;
DEET infantil de 6 a 9%: duração de 4 a 6 horas, aplicar até duas vezes ao dia;
IR3535: duração até 4 horas, aplicar duas vezes ao dia.
Para crianças a partir dos 7 anos:
Icaridina, de 20 a 25%: proteção de até 10 horas, aplicação até três vezes ao dia;
DEET infantil de 6 a 9%: duração de 4 a 6 horas, aplicar até três vezes ao dia;
IR3535: duração de até 4 horas, aplicar até três vezes ao dia.
Em caso de crianças abaixo de seis meses, o uso de repelentes deve ser vetado e a proteção deve ser de outra forma. “A proteção deve ser feita com o uso de camisa comprida, calça (preferência cor clara), usar mosquiteiro, tela e até repelente elétrico desde que fique perto de janela ou porta e dois metros de distância do berço do bebê,” orienta a médica.
6 meses a 2 anos – aplicação deve ser feita no tronco, pernas e nunca nas mãos do bebê.
2 a 7 anos – DEET tem que ser usado com concentração abaixo de 10%.
Para conferir o produto correto, é necessário ler o rótulo para saber se o repelente é ou não indicado para crianças.
Grávidas e lactantes- Há um público específico que também precisa usar o repelente em casos de incidência do mosquito Aedes Agypti: mulheres grávidas e lactantes. De acordo com a médica, não há restrição para o uso, com isso, as gestantes e lactantes, podem usar as três substâncias que há no mercado: DEET, Icaridina e IR3535.
Como ocorre a proteção do repelente
Ao aplicar o repelente sobre a pele é criada uma atmosfera que torna-se inadequada para o mosquito. Thâmara Morita explica que “Essa atmosfera é de quatro centímetros, afastando o mosquito. Por isso que essa aplicação precisa ser uniforme. Não aplicando dessa forma, o indivíduo não estará completamente protegido”, informa a médica.
Cuidado com o uso excessivo de produto
Para que o indivíduo evite a aplicação do repelente várias vezes ao dia, a indicação é o uso da Icaridina com duração até 10h. Ainda assim, ao fazer o uso é preciso ter alguns cuidado. “Para qualquer público é necessário evitar aplicar ao redor dos olhos, boca, não dormir de repelente, usar com menos fragrância, pois o perfume pode ser fonte de alergia, e é importante também prestar atenção quanto ao uso do protetor solar. O correto é primeiro que você use o protetor e aguarde 15 minutos para poder aplicar o repelente.”
Fatores que levam uma pessoas a serem mais picadas que as outras
Você já deve ter se perguntado quando um mosquito está a todo momento se aproximando e questiona: “Parece que eu tô doce”, mas a presença de aminoácidos, substâncias que são excretadas do nosso suor, como amônia e ácido lático são alguns dos motivos que levam a pessoa ser picada mais que outras. “O mosquito ele tem receptores de sabor e odores e é por isso que ele é mais atraente para algumas pessoas de que outras,” alerta Thâmara Morita.
Por Cleiton Alberto e Aisla Vasconcelos
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