Usuários do Case vivem dilema por falta de insulina

Usuários do Case enfrentam ausência de insulina Glargina 100 UI/ml  (Fotos: Portal Infonet)

A problemática enfrentada por Maria Angelina Loureiro, natural do município de Porto da Folha, é a mesma enfrentada por outros pacientes que chegam ao Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (CASE) em busca de insulina Glargina 100 UI/ml. Após 20 dias de diagnosticada a diabetes na neta de apenas oito anos, ela e a mãe da menina Lara Aniele iniciaram uma verdadeira maratona para manter em dia a aplicação de medicação na criança.

“Lara utiliza dois tipos de insulina, uma delas disponível no Case, outra não. A aplicação deve ser feita duas vezes por dia e aqui nessa instituição, nem sequer somos informados se há necessidade de adquirir a medicação por outros meios, ou não. Essa situação é recente para a nossa família e, em função da necessidade emergente da minha neta, tive que comprar num primeiro momento”, declarou a senhora.

Medicação custa R$ 120

Thiago Sobral teve adquiriu a medicação em preço promocional de R$ 65

O estudante universitário Thiago José Sobral, 23 anos, precisou desembolsar R$ 65 para aquisição da Glargina numa farmácia. Segundo ele, o pagamento foi feito com desconto, uma vez que a medicação custa R$ 120.

“Fico pensando em quem não pode pagar e precisa se submeter a essas ausências de medicamentos rotineiras no Case. A informação que recebi aqui é que a insulina chegaria na tarde desta segunda-feira, 18, mas como usuário do Case há seis anos, posso assegurar que esses problemas de estoque são constantes. Inclusive, pela experiência que tenho, o Centro não está cheio de usuários na recepção em função desse problema”,  denunciou.

Em solidariedade a tia Elide Maria de Jesus, 68 anos, que não pode se locomover, a senhora Lucia Santana também esteve no Case esta manhã, onde recebeu a notícia de que não poderia dispor da insulina Glargina. “Minha tia tem crises hipoglicêmicas e por isso não pode correr o risco de sair de casa. O meu dilema aqui começou no último dia 7 e a justificativa dada é que a medicação está em falta. Optamos por conta própria pela redução da dosagem da insulina que ela tem em casa, mas a médica já disse que não poderíamos fazer isso”, ressaltou a cidadã.

SES

De acordo com a coordenadora Estadual de Atenção Especializada da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Luciana Santana, o laboratório privado responsável pelo envio da insulina Glargina 100 UI/ml demorou a faturar a nota  fiscal para a SES, daí o atraso na disponibilidade da medicação. Ressalta que a ausência do material ocorre há cerca de 30 dias e garante que estará disponível ao usuário do Case na próxima sexta-feira, 22.  

Por Nubia Santana  

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