Vacina contra HPV:Estados esperam Ministério da Saúde

Vacina deverá abranger também mulheres acima dos 25 anos (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Após decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no Diário Oficial da União no último dia 25, a vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) deverá abranger mulheres com mais de 25 anos. Juntamente aos demais Estados da Federação, Sergipe aguarda as coordenadas do Programa de Imunização do Ministério da Saúde para que o projeto de vacinação seja instalado.

O coordenador do Programa DST/AIDS em Sergipe, Almir Santana, afirma que os Estados deverão esperar para que a medida aprovada entre em vigor. “A lei foi aprovada, mas demora até que ela entre em prática. Essas vacinas serão adquiridas pelo Ministério da Saúde para só então chegarem ao poder das Secretarias de Saúde”, diz.

Ministrada em três doses, a vacina contra o HPV se destinava anteriormente a mulheres entre 9 e 25 anos de idade. Com a aprovação da medida, mulheres acima dos 25 anos também poderão receber a vacina através do Sistema Único de Saúde (SUS). “A nova faixa etária aprovada só poderá receber a vacina se houver comprovação científica que ateste sua necessidade”, diz o médico.

Alerta

Almir ressalta os riscos oferecidos pela contaminação com HPV. “O papilomavírus humano atinge em sua maioria mulheres, podendo causar o aparecimento de câncer no colo do útero. Nos homens, o HPV pode levar ao desenvolvimento de câncer no pênis”, diz. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos do vírus são diagnosticados anualmente no Brasil. No mundo, uma em cada cinco pessoas é portadora do HPV.

Para o coordenador, a vacina funciona como uma proteção auxiliar. “Ela é importante pelo fato de proteger áreas do corpo em que a camisinha não chega, como os testículos e áreas externas da vagina. Mesmo assim, a camisinha ainda é a principal e mais eficiente forma de defesa, por que protege contra as demais Doenças Sexualmente Transmissíveis [DSTs] e contra o vírus da AIDS. Portanto, a vacina contra o HPV não basta”, enfatiza.

Por Nayara Arêdes e Kátia Susanna

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