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Recepção calorosa no saguão do Aeroporto (Fotos: Portal Infonet) |
Sergipe recebeu neste domingo os médicos cubanos, dentre eles uma sergipana. Eles trabalharão em municípios carentes por meio do programa "Mais Médicos". Os profissionais aterrissaram em Aracaju, por volta das 14h30 e foram recepcionados por integrantes do governo do Estado, movimentos sindicais e até de populares, que foram prestar solidariedade e agradecer a vinda dos médicos estrangeiros.
Na saída para o saguão do aeroporto, os profissionais de saúde ouviram palavras de boas vindas e palavras de ordem como “Cubanos precisamos de vocês!”, além de agradecimentos por terem aderido ao Programa brasileiro. Emocionado, Rodolfo Garcia chegou a Aracaju no último sábado, 14, e disse estar muito satisfeito com o que viu. Questionado sobre os desafios que irá encontrar no dia-a-dia em suas consultas, em termos de comunicação e estrutura, Garcia explicou que já trabalhou em outros países e precisou se adaptar a outros idiomas, incluindo o frânces, português e espanhol. “Nós temos uma preparação para exercer a profissão no Brasil, pois já sabemos falar português. Quanto à estrutura nas unidades de saúde, nós já sabemos que o Brasil já organizou os consultórios e que tem muitos consultórios novos para a parte de medicina familiar e acho que vou gostar. Já trabalhei antes no Brasil e gostei da experiência. O povo brasileiro é muito agradável e carinhoso, vamos trabalhar em parceria com os médicos brasileiros, não queremos diferenças e sim trabalhar juntos para melhorar as condições de saúde do povo brasileiro”, espera o cubano.
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Médicos chegam a Aracaju |
Emocionado, Rolando Mustelier Viscay, disse que veio ao Brasil em missão. Questionado sobre que acham da polêmica em torno do pagamento dos salários, que serão feitos por meio do governo cubano e não diretamente aos profissionais, o médico foi enfático: “Nós viemos ao Brasil para ajudar. A primeira coisa em que pensamos foi em solidariedade, pois sabemos que o Brasil é um país que precisa de nossa assistência e Cuba vai oferecer essa ajuda”, disse o médico.
Já Rodoboaldo de Los Santos, disse que do Brasil não esperava outra coisa que não fosse a recepção calorosa. “Eu imaginei que seriamos recebidos assim. O povo brasileiro é muito carinhoso. Estou muito feliz”, comemora.
De volta
A sergipana Sandra Gláucia da Conceição, que é médica pediatra, também aderiu ao programa e voltou ao Brasil. Ela estava na Argentina e conta que se inscreveu no programa para volta à sua terra natal e viver ao lado de sua família, a qual não via há anos. “Volto para casa com muita alegria. Eu soube do programa através do Ministério da Saúde da Argentina, me formei em Cuba, mas trabalhava na Argentina”, disse Sandra, que trouxe na bagagem, além de muita experiência, a filha de 4 anos e o marido que é argentino.
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Os médicos cubanso Rodolfo e Rolando |
Apoio
No saguão do hotel se concentrou as centrais sindicais Cut, MST, Sintese, Movimento Popular, Frete Popular, CTB, Movimento Negro, Unegro, dentre outros movimentos.
CUT
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Rubens Marques, o professor Dudu, que acima da polêmica envolvendo a contração dos médicos do Programa, está a solidariedade humana, “Sergipe está apagando a imagem deixada em outros estados com a chegada dos médicos. A gente entende que a chegada dos novos médicos só irá agregar e diminuir os problemas da população, que sofre com a deficiência na saúde”, entende.
CTB
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Sandra é recepcionada pela família |
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe (CTB-SE) também marcou presença do aeroporto, para dar o apoio da entidade aos médicos cubanos. “A chegada dos médicos cubanos irá suprir a carência que temos de profissionais da área médica nas unidades básicas de saúde do Estado. A população mais carente é que será beneficiada e por isso estamos aqui para dar o nosso apoio”, diz.
Ministério da Saúde
A representante do Ministério da Saúde em Sergipe, Roseane Apolônio, avaliou a recepção como positiva já que iniciativa partiu dos movimentos populares. “Para a gente é muito importante ver que é uma recepção que partiu dos movimentos sociais, ou seja, na sua essência da população, a quem esses profissionais darão essa assistência. A chegada dos novos médicos é para somar a assistência já prestada e não para substituir profissionais. A intenção é conseguir dar mais assistência à população e dar qualidade de vida aos usuários de Sergipe”, analisa.
Por Eliene Andrade
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