Vigilância Sanitária apresenta trabalho sobre agrotóxico

Rosana Barreto, gerente de alimentos da Vigilância Sanitária Estadual (Divisa) (Foto: SES)

O trabalho desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxico (PARA), da ANVISA, foi apresentado no Ministério Público do Trabalho (MPT) de Sergipe. Acompanharam a apresentação representantes de outros órgãos, a exemplo da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Companhia de Desenvolvimento Hídrico e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Ministério Público Federal (MPF), Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Os temas de destaque apresentados foram a rastreabilidade de alimentos hortifrutigranjeiros e os avanços trazidos por esse trabalho, a representação de Sergipe para os Estados do Nordeste na ANVISA sobre agrotóxicos e análise de resíduos desses produtos nas fontes de água potável.Também foram apresentadas as capacitações de produtores rurais, ações educativas e de promoção à saúde para a população, reuniões constantes com as redes de supermercados, realização de exames de colinesterase para avaliar o nível de intoxicação dos trabalhadores rurais.

"Nós apresentamos para os órgãos presentes todo esse trabalho que desenvolvemos e nos credenciou para sermos representantes dos Estados do Nordeste para discutir políticas de agrotóxicos com a ANVISA. Fomos o terceiro Estado a implantar a rastreabilidade e somos um dos quatro que desenvolvemos essa ação, junto com Rio Grande do Norte, Ceará e Santa Catarina", disse Rosana Barreto, gerente de alimentos da Vigilância Sanitária Estadual (Divisa).

No final de agosto foi iniciada, em Sergipe, a coleta de amostras de água utilizada para consumo humano para análise de resíduos de agrotóxicos. "Recolhemos amostras em locais onde sabemos que há atividade agrícola com utilização de agrotóxico e em estações de tratamento da DESO e do SAAE. Enviamos a amostra para o Lacen do Pará, referenciado pelo Ministério da Saúde, e se o monitoramento apontar índices insatisfatórios várias medidas serão tomadas em parceria com outros órgãos, a exemplo da EMDAGRO para intensificação da fiscalização agrícola. Ainda não temos resultados", disse Alexsandro Bueno, gerente de Meio Ambiente da Divisa.

"Estamos discutindo os agrotóxicos com foco na sociedade em geral. Acreditamos que todos os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos, inclusive a rastreabilidade, vão reduzir o uso dos produtos. Precisamos criar políticas voltadas para o agricultor, que é quem usa o agrotóxico", disse Manoel Adroaldo Bispo, promotor do MPT.

Rastreabilidade e análise

Em Sergipe, o processo de implantação da rastreabilidade teve início em 2012, com a parceria da Associação Sergipana de Supermercado (ASES), e teve adesão da maioria em 2014. A rastreabilidade permite saber a origem dos alimentos que chegam até a mesa do consumidor. Os alimentos passam por análises constantes de resíduos de agrotóxicos para saber se há utilização em excesso ou se há produtos proibidos para aquela cultura.

O PARA analisa mais de 20 tipos de alimentos, entre eles estão: pimentão, tomate, alface, cenoura, abobrinha, arroz e feijão. "Em 2013 tivemos 15 análises que deram resultados insatisfatórios em vários produtos de diversos supermercados. Em 2014 tivemos somente dois resultados insatisfatórios até setembro, um avanço considerável", finalizou Rosana Barreto.

Fonte: Ascom SES

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