Zyca: Sergipe ainda não recebeu kits para diagnóstico

Mosqiuito que transmite as doenças (Foto: Arquivo/Divulgação)

O Estado de Sergipe continua sem condições de diagnosticar o zyca vírus. Os testes são feitos no Pará e o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) de Sergipe permanece aguardando a liberação dos kits que deverão ser encaminhados pelo Ministério da Saúde à Secretaria de Estado da Saúde.

Os kits servirão para realizar o teste biologia molecular por PCR. Há uma demanda de 20 reações [testes] semanais, que identificam o zyca vírus no corpo humano, segundo informações da superintendente do Lacen, Danuza Duarte Costa. Esta demanda é atendida pelo laboratório do Instituto Evando Chagas, no Pará. Mesma instituição que preparou a equipe sergipana do Lacen para realizar o diagnóstico. “Estamos com a equipe preparada, sabendo toda a metodologia e agora esperando só os reagentes”, considerou a superintendente.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, em Sergipe, ainda não se constatou casos de zyca vírus. “Há muitas suspeitas. Encaminhamos muitas amostras, mas não há casos confirmados”, informa Sidney Sá, coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde.

Outros diagnósticos

A quantidade de kits que chegará a Sergipe ainda não foi definida, mas a superintendente do Lacen acredita que será um montante suficiente para atender toda a demanda do estado. Além de diagnosticar o zyca vírus, os kits também servirão para realizar testes da febre chikungunya e da dengue, doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti.
De acordo com informações da Sociedade Médica de Sergipe (Somese), os sintomas são semelhantes. Conforme publicação da Somese, apesar da semelhança, há diferenças sutis entre aquelas patologias.

Diferenças apontadas pela Somese:

Vírus Zika: maior tendência e prevalência de manchas vermelhas no corpo, dores menos intensas

Chikungunya: as dores nas articulações são maiores

Dengue: tem potencial para se tornar de maior gravidade à saúde dos infectados. A vermelhidão aparece no estágio final e é aguda

Por Cássia Santana