A partir deste sábado, 30, a Usina Termelétrica (UTE) Porto de Sergipe 1 retomará as operações para suprir a demanda de energia durante um período de 21 dias. A ação atende ao despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), após quase dois anos de inatividade. A usina foi antecipadamente despachada pelo ONS, ainda no mês de outubro, para suprir a demanda de energia no período de 30 de novembro a 20 de dezembro.
Nos primeiros dias de operação, a Eneva, responsável pela usina, ainda estará realizando reparos. Por isso, a operação inicial será alimentada por gás natural da malha integrada de gasodutos do país, utilizando o gasoduto de conexão recentemente inaugurado pela Transportadora Associada de Gás (TAG). A expectativa é que, após a conclusão dos reparos, a usina passe a operar com gás natural liquefeito (GNL) importado via terminal de Sergipe para atender às suas necessidades de combustível.
“A retomada da operação da UTE Porto de Sergipe é crucial para a estabilidade do sistema elétrico nacional, especialmente em um momento em que as fontes hídricas não estão conseguindo suprir as necessidades do país. Isso demonstra o papel do estado no contexto energético nacional, trazendo segurança ao abastecimento”, resume o titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Valmor Barbosa.
Histórico
Durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) realizada no dia 3 de setembro, foi autorizada a operação inflexível (nos horários em que for preciso) da UTE Porto de Sergipe. As usinas Santa Cruz (RJ), da Eletrobras Furnas, e a Linhares (ES), da Eneva, também fizeram parte da autorização. O propósito é atender aos horários de pico de consumo, como no final da tarde e início da noite. Essa estratégia visa atender à alta demanda de energia durante esses períodos, garantindo o menor custo operacional possível.
O contexto dessa operação de emergência se dá em meio ao aumento das temperaturas, que têm levado a uma elevação significativa no consumo de energia. Ao mesmo tempo, os reservatórios das hidrelétricas estão abaixo da média histórica devido ao período seco, que tem impactado diretamente a vazão dos rios e os níveis das usinas. Essa combinação de alta demanda e baixa oferta de energia representa um cenário desafiador para o fornecimento no Brasil.
Fonte: ASN
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