Os servidores dos Correios em Sergipe decidiram continuar com o estado permanente de greve até o dia 15 de agosto. O estado de greve da categoria havia sido aprovado no dia 31 de julho deste ano e, com a nova decisão, segue vigente. Caso as negociações não avancem, os trabalhadores podem cruzar os braços a partir do dia 16 de agosto.
De acordo com a Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE), os trabalhadores aqui do Estado realizaram uma uma assembleia geral, que ocorreu na noite desta quarta-feira, 7. Em nível nacional, as negociações da campanha salarial dos trabalhadores dos Correios continuam em Brasília. Além disso, nesta quinta-feira, 8, teve início a greve da empresa em estados de grande impacto na distribuição dos Correios, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Negociações
Segundo o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect/SE), Jean Marcel Guimarães, a proposta apresentada pela empresa oferece 6% de reajuste a partir de janeiro de 2025 e, portanto, fere a data base estabelecida pelos trabalhadores. Além disso, na visão dele, a proposta não foi vantajosa por não apresentar nenhum avanço no Acordo Coletivo da Categoria.
“Decidimos dar a oportunidade de continuarmos a negociação por mais 7 dias atendendo a um pedido dos Correios. Caso a nossa pauta não seja atendida, já temos uma assembleia convocada para dia 15 de agosto e vamos deflagrar uma grande greve nacional a partir da 0h do dia 16 de agosto”, explicou o secretário do sindicato.
“Aqui em Sergipe estamos sofrendo muito com agências fechadas, funcionários que precisam trabalhar em 3 municípios. Vemos municípios que não estão sendo atendidos. Faltam funcionários, há muita sobrecarga de trabalho e os trabalhadores estão adoecidos. São péssimas as condições de trabalho e as instalações nas unidades dos Correios. Além do nosso salário que está super defasado”, acrescentou Jean Marcel.
Além disso, o secretário geral explicou que desde 2011 não há concurso público para a categoria em Sergipe. “Já tivemos mais de 1.200 funcionários, hoje temos pouco mais de 700 funcionários e a demanda aumentou muito. Os Correios precisam contratar mais gente para recuperar a qualidade dos serviços. Estamos com o trabalho precarizado, que é ruim para a população e ainda pior para os trabalhadores”.
Com informações da CUT/SE
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