Os alunos são orientados por professores de Ed. Física (Foto: Ana Lícia Menezes) |
"Deus me livre parar de fazer atividade física. Eu me sinto bem melhor desde que comecei. Quando eu comecei só eram oito pessoas. Hoje, está uma maravilha. Tem muita gente, é bem animado. Eu venho duas vezes por semana. Quando não venho, sinto falta. É algo que já faz parte de mim". O depoimento é da aposentada Maria Jacira Menezes. Ela tem 86 anos de idade, é uma dos 3.500 usuários do Programa Academia da Cidade (PAC), da Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Em uma olhada rápida, dá para perceber os benefícios proporcionados pela atividade. Não é à toa o entusiasmo de dona Maria Jacira, no polo do bairro Jardins. O programa desenvolvido em 24 polos da cidade resgata a autoestima e promove saúde. "Lá em casa todo mundo é ativo. Dos meus três filhos, dois praticam esportes. Eu recebo muito incentivo deles. É bom demais", contou.
A vontade de estar com a saúde em dia é o desejo de outras alunas também. No polo do Bairro Industrial, a alegria é a mesma, os benefícios inúmeros. A dona de casa Rosinalva Santos Soares procurou o Programa por recomendação médica. Hoje, nem pensa em parar. "Participo do Programa há dois anos. Eu comecei porque tinha problemas de saúde. O médico orientou porque o colesterol não estava bom e a pressão estava alta. Agora, está tudo bom. Eu me sinto até mais disposta, quando saiu daqui faço mais 30 minutos de caminhada com a minha filha", afirmou.
Acompanhamento
Os alunos são orientados por professores formados em Educação Física e aprovados no Processo Seletivo Simplicado (PSS) da Prefeitura Municipal de Aracaju. Todos os usuários do Programa passam por uma avaliação antes de iniciar a atividade. "Todo usuário preenche uma ficha de inscrição para ser analisada. Se for detectada alguma patologia, a gente faz o encaminhamento para a Unidade de Saúde da Família do bairro e o médico é quem vai dizer se a pessoa está apta ou não para começar o trabalho conosco", explicou a professora de Educação Física Luciana Costa.
Os exercícios são realizados de acordo com as necessidades de cada um. Uma vez por semana, por exemplo, é feito um teste de esforço, onde é analisada a frequência cardíaca dos alunos. "A gente afere a pressão arterial e pede para o aluno fazer um determinado percurso. Com base no tempo que ele gastou para concluir o exercício, a gente analisa a evolução dele com a atividade física realizada aqui no polo", colocou a professora Luciana Costa.
A manicure Geovana Lima Vieira teve início de derrame. Ela ficou afastada do Programa durante um tempo, mas logo retomou a rotina diária para ajudar na evolução do tratamento. "O médico disse que a minha sorte é que eu já fazia atividade física, daí meus músculos não ficaram travados. Ao contrário, ele disse que eu ficaria com sequelas. Depois do derrame, fiz fisioterapia e fui voltando aos poucos aos treinos. Adoro isso aqui", brincou sorridente.
Fonte: PMA