Finalistas da noite (Foto: Pritty Reis) |
Uma noite de muita música, torcida, alegria e emoção marcou a grande final do IV Festival “Um Banquinho, Uma Canção” na noite desta quinta-feira, 1º de Fevereiro. Os 12 finalistas, dentre os 24 participantes desta edição, capricharam em suas apresentações tornando a disputa ainda mais bonita e acirrada. Desta vez as mulheres tiveram um destaque espacial com as grandes interpretações de Bruna Ribeiro e de Amanda Cunha, que agradaram os jurados e o público, conquistando a primeira e a segunda colocação, respectivamente.
“Eu só tenho a agradecer a todos que trabalharam comigo, aos que me apoiaram e a todos que vieram aqui esta noite. Esta conquista é fruto de um longo trabalho que vem desde a escolha das musicas, aos arranjos maravilhosos de Ricardo Vieira. Foram horas de ensaio, e tudo valeu a pena. Acho que é muito importante a iniciativa, e acho que tem que continuar e melhorar a cada ano, pois causa essa provocação nos artistas de mostrar seus trabalhos”, afirmou a grande campeã, Bruna Ribeiro.
Pela segunda vez competindo no Festival, o músico Doca Furtado, encantou com a sua composição “Sotaque”, conquistando o prêmio de Melhor Música Inédita. “Para mim foi uma surpresa este resultado, porque tiveram muitas composições boas este ano. Fiz esta música logo depois das eleições de Dilma, quando houve uma onda de agreção verbais contra os nordestinos e esta música vem questionar isso. Acho este Festival cada vez melhor e estou muito feliz de participar”, ressaltou.
O concurso, dividido em cinco etapas, encerrou no Café do Palácio Olímpio Campos. As demais colocações ficaram com Vodoo Cigano (3ª), Alice Nou (4ª), Doca Furtado (5º), Sena (6º), Danilo Duarte (7º), Roger Kbelera (8º), Amora Valente (9º), Silvio Rocha (10º), Tom Robson (11º), e Cissy Freitas (12º).
O secretário de Estado da Cultura, João Augusto Gama, prestigiou a grande final e exaltou os músicos que se apresentaram. “Vimos uma qualidade imensa nessas apresentações. Artistas que diariamente mostram seu trabalho por Sergipe a fora e que numa oportunidade como essa podem, de fato, serem reconhecidos. Estão todos de parabéns”, observou.
Homenagens e satisfação do público
A terceira edição do concurso, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), confirmou seu sucesso com o público e os artistas mais uma vez. “Percebemos que a cada edição temos um salto maior na qualidade do Festival, com o nível das apresentações sendo cada vez mais elevadas e com mais bares se interessando em nos receber. Este é o propósito pelo qual construímos o Festival, prestigiar os artistas que vivem das noites aracajuanas”, explicou o idealizador do evento e superintendente executivo da Secult, Irineu Fontes.
Nesta edição, alguns músicos consagrados também foram homenageados ao longo da noite. Foram eles: Amorosa, Jorge Ducci, Sena, Nancy Alves, Gel Castro, Valtinho do Acordeom, Doca Furtado, Eddy Félix, Lina Souza, Lito Nascimento, Núbia Faro, Ray Karvalho, Wellinson Gomes, Virginia Fontes, Lene Hall, Feliciano Maranhão, Soyan, Nelsão. “Acho Importante um projeto como esse, colocando em evidência os artistas que, para mim, são os mais atuantes. Muitos destes músicos se apresentam semanalmente nas casas de Aracaju e, às vezes, não são percebidos na sua importância dentro da produção musical da cidade. Eu sou uma dessas artistas, pois comecei tocando na década de 80 na Taberna do Tropeiro, e foi ali que construí meu público”, contou Antônia Amorosa.
O público também demonstrou satisfação com o evento. “Achei o Festival maravilhoso. A Secult está de parabéns, pois, este evento nos dá uma visão geral da música que está sendo produzida e tocada em Aracaju. É um evento que reúne e mostra que, dentre esses artistas da noite, há uma diversidade de estilos muito grande, o que as vezes não percebemos”, argumentou Paulo Correa, que é pesquisador da música nordestina.
O Festival Um Banquinho, Uma Canção, é viabilizado com recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Cultural e Artístico (Funcart) e aprovação do Conselho Estadual de Cultura. Todos os participantes foram selecionados via edital, e mesmo os eliminados, receberam premiações em dinheiro, que nesta edição variaram de R$ 400,00 à R$ 5mil, além do prêmio especial de Melhor Música Inédita no valor de R$ 1,5mil.
Fonte: Secult