A cólica pode causar um grande desconforto ao bebê. O choro inconsolável, inquietação ou irritabilidade por pelo menos três horas, em três dias da semana e com duração superior a três semanas são sinais de alerta. Quando o bebê está com cólicas ou gases, geralmente, contrai as perninhas em direção ao abdome, solta gases, se expressa através do choro intenso, mesmo estando alimentado, observa a neonatologista da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Hellen Soares Lima.
Ela explica que a cólica acomete crianças menores de três meses, apesar de ser um problema antigo. “Até hoje ainda não se sabe o que causa a cólica. No entanto, além do sofrimento que ocasiona no bebê, a cólica do lactente pode se associar com muita ansiedade nos pais e redução na qualidade de vida da família”, disse Hellen.
Para combater o problema, a médica indica que o bebê seja colocado em movimentos de bicicleta (dobrar as coxas do bebê sobre a barriga) ou ainda que seja tentado estabelecer uma rotina para banho, sono, passeio e outras atividades. “Não se utilizar chás, trocar marcas de leite ou usar medicamentos sem a orientação do pediatra. É preciso seguir sempre as recomendações do médico, que realmente sabe o que é melhor para a saúde do bebê”, afirma Hellen.
Segundo a neonatologista, para aliviar as cólicas nos bebês, há uma série de dicas simples que podem ser adotadas em casa com a orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Primeiro é preciso manter a calma, pois o bebê sente o nervosismo dos pais. Colocar o bebê em um ambiente tranquilo, de pouca luz, sem barulho ou com música suave e manter o contato pele a pele é muito importante (contato direto da barriga do bebê com a barriga da mãe). Outra opção muito eficaz é o banho morno ou compressa morna na barriga além de enrolar o bebê em uma manta ou cobertor”, orienta a médica.
Como observação, ela informa que os bebês que se alimentam de leite artificial tendem a apresentar mais cólicas, pois esse tipo de alimento demora mais para fazer digestão e podem ocasionar constipação e cólicas no recém-nascido.
Fonte: SES