Dia 07 de abril é comemorado o dia do jornalista, data que homenageia os profissionais da mídia, responsáveis por apurar os fatos e levar informações a sociedade, de forma imparcial e ética. Atualmente, com o advento das redes sociais e o fim da exigência do diploma de curso superior para exercer a profissão, os profissionais da área enfrentam muitos desafios, um deles, é a concorrência dos ‘jornalistas’ de grupos de aplicativos.
A tecnologia é uma ferramenta importante para o jornalismo, mas para a jornalista Débora Matos, que atua há 15 anos na profissão, é preciso ter muito cuidado com o que circula na internet, principalmente nas redes socais. “Hoje a informação chega muito rápido, podemos fazer pesquisas na internet, acessar várias fontes, escrever uma matéria diretamente no telefone, mas, em contrapartida, há uma disseminação muito grande de sites e portais não confiáveis. As redes sociais, por exemplo, trazem muita coisa falsa porque as pessoas não têm compromisso com o que escrevem e compartilham, então acredito que com as redes sociais a informação perdeu a qualidade”, explica.
O jornalista e radialista, Eron Ribeiro, aponta outra situação preocupante para o jornalismo com o advento na tecnologia: A proliferação dos sites de notícias. “Hoje qualquer um pode ter um site de notícias, basta ter alguém com DRT para “responder” pelo site e pronto. E o que é publicado? O trabalho de profissionais sérios que atuam em outros veículos e que não recebem nada por isso? Além do site não contratar jornalistas, utiliza as matérias de terceiros sem a menor cerimônia”, aponta.
A desvalorização da profissão e a baixa remuneração são outros pontos negativos apontados pelos jornalistas sergipanos. “Temos o menor piso salarial do país. Em Alagoas, nosso vizinho, o piso é o dobro do que se paga em Sergipe. Além de ganhar pouco, ainda temos a concorrência desleal de ter inúmeras pessoas que acham que são jornalistas, já que hoje não se exige mais diploma para exercer a profissão. Infelizmente é uma profissão desvalorizada”, afirma o jornalista Abraão Crispim.
Para Cássia Santana, jornalista há mais de 30 anos, apesar da desvalorização, o jornalismo é essencial para a democracia. “Nós tivemos muitos momentos áureos, muitas conquistas, mas infelizmente o jornalismo hoje é desvalorizado e agredido em sua essência, mas foi através dessa profissão que tive a oportunidade de me descobrir cidadã como porta-voz de uma sociedade que necessita ser ouvida”, finaliza.
Por Karla Pinheiro
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