A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou o Informe Epidemiológico do Sarampo, confirmando a ocorrência de três casos em Sergipe durante a Semana Epidemiológica 14, que corresponde ao período de 29 de dezembro de 2019 a 4 de abril de 2020. Nesse recorte de tempo, foram notificados 10 casos suspeitos da doença, segundo informações da diretora de Vigilância em Saúde, Mércia Feitosa, salientando que além das três confirmações, um foi descartado e seis estão em investigação.
O município de Simão Dias notificou nove casos suspeitos até a Semana Epidemiológica 14. Dois foram confirmados, um foi descartado e seis estão em investigação. O primeiro caso foi o de um paciente do sexo masculino, 22 anos, sem histórico vacinal. Durante a investigação constatou-se que ele teve contato com viajante de São Paulo, que também apresentou os mesmos sinais e sintomas do sarampo. O segundo caso foi uma garota de 25 anos, com histórico da última dose de vacina há 21 anos.
O terceiro caso confirmado foi do município de Lagarto, envolvendo um paciente do sexo masculino, 34 anos de idade, que apresentou febre, exantema (manchas vermelhas), tosse, coriza, conjuntivite e outros sintomas próprios da doença.
Feitosa lembrou que o sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. “A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após”, observou
Sinalizou que as crianças menores de cinco anos, em particular, as menores de um ano de idade e os indivíduos com condições de imunodepressão têm risco aumentado de apresentar complicações graves e evoluir a óbito.
Segundo ela, como medidas para o controle do sarampo em Sergipe, a Secretaria de Estado da Saúde vem fomentando a ampliação da vigilância das doenças exantemáticas nos municípios; assessorando no planejamento das ações de investigações e o monitoramento do território para busca ativa de possíveis casos de sarampo; orienta a intensificação da vacinação de rotina e apoia a realização de bloqueio vacinal após a identificação de caso suspeito; entre outras.
São medidas de controle para o sarampo a notificação imediata em até 24 horas para as secretarias municipais e SES dos casos suspeitos pelo profissional de saúde; coleta de amostras (soro, swab e urina); isolamento domiciliar do caso suspeito ou confirmado por sete dias após o início do exantema; bloqueio vacinal seletivo oportuno em até 72 horas após o contato com o caso suspeito ou confirmado; vacinar todos os susceptíveis de um a 29 anos com duas doses e, de 30 a 49 anos, com uma dose.
Fonte: SES